Há uma nova tecnologia “limpa e renovável” que vai revolucionar a forma como se anda de comboio na China.
A China acaba de construir aquele que auto-intitula de “comboio a hidrogénio mais poderoso do mundo”.
Chama-se Ningdong e foi fabricado pela China Railway Rolling Stock Corporation (CRRC), empresa estatal do país.
O objetivo é substituir a maioria dos sistemas de combustível fóssil que atualmente movem milhares de comboios em todo o país.
A nova tecnologia é provida de um novo motor que funcionará exclusivamente com células de combustível movidas a hidrogénio.
Os comboios de hidrogénio são os comboios do futuro. São equipados com células de combustível que produzem eletricidade por meio de uma combinação de hidrogénio e oxigénio. É um processo que faz com que vapor e água sejam as únicas emissões.
O hidrogénio é obtido numa central especial com um processo de eletrólise, ao aplicar eletricidade à água, o que separa hidrogénio e oxigénio. A energia da travagem é armazenada em baterias de ião-lítio, para ser reutilizada na aceleração.
Ou seja, a sua combustão é mais eficiente e não produz gases poluentes ou de efeito estufa, como dióxido de carbono ou dióxido de enxofre.
De acordo com o South China Morning Post (SCMP) o Ningdong vai ter autonomia para circular durante 190 horas, precisando de apenas duas horas para reabastecer. O motor tem capacidade para armazenar até 270 kg de hidrogénio.
Segundo uma notícia do Interesting Engineering esta nova tecnologia tem potencial para substituir mais de 90% dos comboios da China, que são, atualmente, movidos a combustíveis fósseis.
“Como a China pretende atingir o pico de emissões de dióxido de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060, os governos estão a esforçar-se a todos os níveis para promover a indústria de energia de hidrogénio”, disse Chen Weirong, reitor da Escola de Engenharia Elétrica da Southwest Jiaotong University, citado pelo China Daily.
“Para que se cumpram os objetivos, estão a ser estabelecidos planos específicos de desenvolvimento de hidrogénio, impulsionando a indústria”, garantiu Chen Weirong.
No ano passado, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma – principal regulador económico da China – em associação com a Administração Nacional de Energia divulgou um plano para promover o desenvolvimento de alta qualidade da indústria de hidrogénio.
Diz o plano que a China pretende pôr em circulação, até 2025, cerca de 50 mil veículos movidos a hidrogénio.
Além disso, prevê que a China comece a produzir, por ano, entre 100 mil a 200 mil toneladas deste gás, a partir de fontes de energia renováveis.
Tanta treta de energia limpa. A eletricidade produzida pelas barragens não chega, o resto é produzido por carvão Portanto a produção de hidrogénio usa directa ou indirectamente o carvão Faz lembrar aquela que diz que a Amazónia não é usada para criar carne para exportação. Pois não, basta uma simples troca de terrenos