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Pedro Nuno Santos volta a afastar nacionalização da Groundforce. “Não era e continua a não ser uma boa opção”

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António Cotrim / Lusa

O ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos.

Esta terça-feira, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, voltou a afastar a hipótese de nacionalizar a Groundforce.

Esta manhã, no Parlamento, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, disse que o Estado e a TAP irão assegurar uma solução para a Groundforce, mesmo que falhe o processo de venda das ações da empresa a cargo do Montepio.

Apesar de rejeitar a nacionalização da empresa, o ministro não explicou qual a solução que está a ser pensada para resolver o impasse acionista. “A solução está a ser trabalhada e vai ser discutida amanhã com os sindicatos representativos da Groundforce, não vai ser discutida em público”, disse apenas, citado pelo Expresso.

“A nacionalização não era e continua a não ser hoje uma boa opção“, sublinhou Pedro Nuno Santos, acrescentando que o Governo sempre rejeitou essa hipótese.

“Não era a melhor opção porque não queremos ficar sujeitos a litigância e correr o risco de ter de pagar uma indemnização a quem não a merece”, referindo-se a Alfredo Casimiro.

Além disso, explicou, “o processo de nacionalização é muito mais complexo do que parece ser e é demorado”, havendo ainda a situação de a TAP não poder manter-se como acionista maioritário da Groundforce.

“Estamos a acompanhar e temos a expectativa de que o processo de venda seja concluído com sucesso, isso significaria a entrada de um sócio com capacidade financeira para podermos iniciar uma nova vida de estabilidade na Groundforce”, disse. Se esta hipótese não se concretizar, “o Estado ou a TAP encontrarão uma solução”.

ZAP //

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6 Comments

  1. A esquizofrenia do ps com as nacionalizações explica bem a razão de tudo isto ainda não ter sido resolvido. Anda tudo no limbo, a ser tratado pelo meio termo, para não ferir susceptibilidades políticas. No fim é trabalhadores sem dinheiro nem perspectivas profissionais de futuro, aeroportos a meio gás, pessoas e voos retidos, filas intermináveis e por aí fora. Sem falar do super sistema capitalista tuga produzir só uma empresa para assegurar o serviço. É o mercado a funcionar! Depois, se der o berro, o que vão fazer. Fechar os aeroportos? Criar uma empresa à pressa e enfiar lá os actuais trabalhadores? … Quanto tempo mais vai o governo esperar pela malta do capital se entender sobre o assunto? Ai não nacionalizas ?! Olha que não sei não…

  2. Por outro lado, porque não deixar a groundforce falir de vez ? Mas nem importaria. O Estado pode é criar uma empresa nova como a groundforce, contratar os funcionários da mesma e até ficar com os seus activos. Nem a precisa de nacionalizar. É que não há outra empresa a oferecer este serviço que é fundamental para existir voos e aviões com passageiros de e para o nosso país. Este assunto não é “enrolável” como outros que empurram com a barriga. E bem podem rezar pela “salvação” do mercado que pode nunca chegar. Sendo assim caro Nuno, o que resta? Acabar com viagens aéreas de e para Portugal?

    • Estava bem !!!
      Conheces muito pouco a realidade destas empresas.
      A groudforce era TAP e tal como outros serviços era usada para descarregar dinheiro enquanto a empresa principal (TAP) dava prejuízo.
      A TAP pagava mais do que devia pra que as empresas tivessem liquidez e pudessem reduzir margens em propostas a outras companhias fazendo impossível qualquer concorrência e desta forma monopolizar o mercado.

      O problema foi quando a Europa forçou a TAP a resolver o problema e separar as empresas, acabou-se a mama e os prejuízos começaram a sentir-se.

      • Acho que conheço um pouco…
        A Portway não é concorrente da Groundforce?
        Está falida?
        Se a Groundforce não estava bem, porque foi entregue (em mais uma privatização manhosa – já para não falar da privatização da ANA que foi mesmo um crime lesa-patrai!) ) ao Casimiro sem este ter dinheiro para pagar por ela e, e só depois de já ter recebido lucros da Groundforce foi pagando (com a ajuda de empréstimos do Montepio que agora ficou com as suas ações)?
        Capitalistas sem dinheiro (a estragar “mercados”) não faltam e depois – tal como agora – a factura acabar sempre por sobrar para o Estado…

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