Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS-PP, afirmou, numa entrevista ao Jornal de Notícias e TSF que tem sido “difícil” conquistar a coesão do partido.
Em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF, o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou não estar a falhar no seu papel e disse estar convicto que as lideranças se avaliam por resultados eleitorais.
Por outro lado, o presidente do CDS, que assumiu o cargo há pouco mais de um ano, confessou que tem sido difícil conquistar a unidade e coesão do partido, mas não por falta de iniciativa da sua parte.
“Aí confesso que tem sido um objetivo mais difícil de atingir, pese embora não tenha sido por falta de iniciativa da minha presidência. Ao longo do último ano, tenho procurado manter a unidade e a coesão do partido. A verdade é que nem sempre tenho conseguido merecer esta reciprocidade por parte dos meus adversários políticos”, afirmou.
“Publicamente, nunca teci críticas a militantes ou a atuais ou antigos dirigentes”, disse Rodrigues dos Santos, sustentando que quer que o partido continue a ser uma fronteira para o extremismo, seja à Esquerda ou Direita. “Não somos uma Direita fofinha nem simpática, mas também não somos uma espécie de Direita ultramontana, radical, carregada de preconceitos”.
Na mesma entrevista, o líder do CDS afastou a hipótese de vir a substituir Cecília Meireles na bancada parlamentar centrista.
Em relação às eleições autárquicas, quanto questionado sobre se será João Gonçalves Pereira a ocupar o lugar de número dois da candidatura de Carlos Moedas a Lisboa, disse: “O tempo em que o partido discutia em primeiro lugar pessoas em vez de projetos, acabou. No CDS não há lugares cativos, isto não é como no futebol“.
Rodrigues dos Santos justificou ainda o apoio à recandidatura de Rui Moreira por o CDS já o ter feito nos dois últimos mandatos e por ser uma pessoa credível, que tem liderado um projeto mobilizador e refrescante para a cidade.
Apesar das divergências, o líder do CDS garantiu que vai fazer campanha ao lado de Adolfo Mesquita Nunes, na Covilhã, e de João Almeida, em São João da Madeira.
Relativamente ao número de câmaras a conquistar em outubro, não colocou uma fasquia nem assegurou que se demitirá se o resultado for negativo, frisando que tirará conclusões após as eleições.