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Europa colocou Madeira em risco máximo. Governo regional exige que DGS corrija números

Homem de Gouveia / Lusa

O Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque

O Governo regional da Madeira quer que a Direção-Geral da Saúde (DGS) que corrija os dados que comunicou ao Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), que fizeram com que a região seja considerada como estando em risco máximo de transmissão da covid-19.

De acordo com a TSF, a Madeira surge no patamar mais grave no último mapa europeu de risco, acima das 500 infeções por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, com uma taxa de incidência de 617 casos, acima dos 115 do Continente e dos 37 dos Açores.

Segundo o Governo regional madeirense, isto coloca em causa a imagem do arquipélago, que até agora nunca tinha chegado a estes níveis de contágio.

A autoridades da Madeira garantiram que os números são “falsos” e “enganadores”. Em causa está um atraso na receção de centenas de notificações feitas pela Madeira à Direção-Geral da Saúde (DGS) que não deviam ter sido comunicados pela DGS ao Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC).

“Foi um acumulado de notificações por uma questão informática para a qual a DGS estava avisada”, referiu o responsável do governo regional.

Segundo o secretário regional da saúde, a reação é “de profunda desilusão, pois os dados que motivaram essa classificação de risco estão viciados”.

“Em primeiro lugar, porque o serviço regional de saúde e o laboratório de saúde pública sempre comunicaram diariamente os resultados às entidades regionais e nacionais. Em segundo, porque houve sempre comunicação com a DGS em relação a esta situação e houve mesmo um aviso – como provam os e-mails que temos – e avisámos antecipadamente de que existiu uma falha informática que levou os dados a não chegaram à DGS, onde um responsável admitiu que, quando carregou novamente na plataforma, os dados apareceram”, explicou Pedro Ramos, em declarações à mesma rádio.

Esta situação levou a Madeira a exigir” à DGS a correção dos dados junto do ECDC. Segundo Pedro Ramos, isto já foi feito através do chefe da divisão de estatísticas da DGS. Porém, no site do ECDC, a Madeira continua com a mesma classificação – ou seja, com risco máximo para a covid-19.

Por sua vez, a DGS confirma que recebeu o pedido da Madeira, mas explicou que isso não é possível, uma vez que os cálculos são feitos pelo próprio centro europeu com base naquilo que está registado no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE). A DGS propôs, assim, a inclusão de uma nota referente aos resultados da Madeira no mapa de incidências.

Maria Campos, ZAP //

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