Budapeste é um oásis para a comunidade LGBTQ, mas a cena drag da capital húngara vê-se ameaçada pela pandemia de covid-19 e pelas políticas conservadoras e populistas de Viktor Orbán.
Durante muitos anos, Budapeste desfrutou a reputação de ser uma das cidades mais cosmopolitas e boémias da Europa Central. A capital húngara tem sido um verdadeiro oásis para a comunidade LGTBQ e uma sensação na cena drag.
As drag queens são personagens criadas por artistas que se travestem, transformando-se de forma a adotar o vestuário, hábitos sociais e comportamentos do sexo oposto.
Agora, com a pandemia de covid-19, muitos destes artistas estão parados. Valerie Devine, uma drag queen de 29 anos de Budapeste, atuou pela última vez no Halloween. O confinamento preocupa Valerie e uma série de outras drag queens, mas não é o único inimigo, escreve o OZY.
Agora, a onda liberal de Budapeste deixou de ter o escudo do turismo e começa a submeter-se ao conservadorismo e populismo que caracteriza a política de Viktor Orbán, o primeiro-ministro húngaro.
Na primavera passada, Orbán lançou uma campanha anti-LGBTQ que ameaça mudar fundamentalmente o carácter de Budapeste. Em novembro, a Hungria anunciou que não ia participar na próxima edição do festival Eurovisão, que se realiza em maio deste ano. Embora não tenha sido dada uma justificação oficial, a saída da Hungria do festival estará relacionada com a sua associação à comunidade LGBTQ.
Em maio, o parlamento húngaro votou pelo fim do reconhecimento legal de pessoas transgénicas. Além disso, um projeto de lei em vigor proíbe a adoção de casais do mesmo sexo.
“[Budapeste] sempre foi uma ilha num país conservador”, disse Devine, que é assumidamente gay. “Se isto continuar, temo que a minha vida possa estar em perigo”.
A florescente cena drag de Budapeste enfrenta o impacto duplo de políticas conservadoras e dificuldades económicas. Para enfrentar o último, muitos artistas drag viraram-se para a Internet.
“Não é a mesma coisa que atuar perante um público”, diz a drag queen Bonnie Andrews, de 29 anos. “Não consigo sentir o riso, a diversão, a pressão”.
Apoio esta comunidade, e não quererei, nunca, que os seus membros sintam medo de si ou das suas escolhas. Temos de ser felizes.
Muitas vezes o conservadorismo e o fanatismo religioso são máscaras para dissimular o ‘eu mais íntimo’ de quem se apega a tais ideologias/dogmas. Vários conservadores, fanáticos religiosos e homo/transfóbicos foram descobertos como tendo atração por pessoas do mesmo sexo, e alguns inclusive por terem tido até sexo com parceiros do mesmo sexo! Por isso não me estranharia nada se um dia se descobrisse que o Viktor Orbán ou algum outro político desse governo (ou outros políticos, igualmente tóxicos para as pessoas LGBTQ+, de outros países) são gays que vivem reprimindo seus desejos sexuais por pessoas do mesmo sexo…
Esperemos que num futuro não muito distante ninguém mais tenha de sentir medo por sua orientação sexual ou por sua identidade de género e que não haja mais pessoas LGBTQfóbicas.
E antes que alguém me critique por ter mencionado «fanáticos religiosos» e «conservadores», quero que fique aqui bem claro que não tenho nada contra as religiões e certas posições conservadoras, desde que as mesmas não interfiram na vida íntima e amorosa/sexual de ninguém.
É possível alcançar a felicidade, sendo um membro da comunidade LGBT.
Obrigado pela sua posição.
Aos que possam se ofender com meu comentário, antecipadamente eu peço desculpas. Sou agnóstico e acredito que estamos de passagem por esse planeta, por essa vida. Cada indivíduo tem o direito de fazer com seu corpo o que bem entender. Se relacionar com quem quiser. O que não deveria mudar é o natural. Se nasceu macho, deveria viver como macho. E vice-versa. É impossível a procriação pois chegará um dia em que as “sapatas” não irão querer nem engravidar pois é coisa de mulher e os “bibas” não podem fazê-lo por motivos óbvios. Estamos caminhando aceleradamente para esse cenário caótico e apocalíptico. Consigo até entender que uma parte da população tenha alguma deformidade no gene que ocasione o interesse por parceiros do mesmo sexo, mas os demais, uma grande fatia, acabam indo para esse caminho por modinha. Tenho um filho lindo de quatro anos e vou ensina-lo a pensar como eu penso. A ser o que eu sou. Macho é macho e casa com fêmea. Aos que pensam diferentes de mim, peço apenas que me respeitem com eu os respeito e que não tentem influenciar meu filho de maneira nenhuma. Abraço aos humanos ( dessa forma eu generalizo ).
Ai, você está tão errado, Carlos…
É lamentável perceber que metade do povo pensa como você. 🙁
Fique bem, e respeite.
Bela notícia.
Tenho um amigo que tem um namorado. E ambos são felizes. Também serei feliz se chegar a namorar com um rapaz. Amor é amor. O ódio repele-se.
E Eu! continuo em Viana do Castelo, no estaleiro dos comunistas.
Sei que isto não é muito usual, mas peço a um jornalista do ZAP que comente esta notícia.