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Do encosto ao tapete tirado. Ana Gomes critica relação entre Marcelo e Governo

José Sena Goulão / Lusa

A ex-eurodeputada socialista, Ana Gomes, durante o anúncio da sua candidatura à Presidência da República

A candidata presidencial Ana Gomes criticou esta quarta-feira a relação institucional do atual chefe de Estado com o primeiro-ministro, dizendo que ora “há demasiado encosto”, ora há “tapete retirado”.

“Os portugueses veem que há demasiado encosto, onde deveria haver respeito pela separação de poderes”, criticou, num primeiro momento, após formalizar a sua candidatura ao Palácio de Belém, no Tribunal Constitucional, em Lisboa.

A diplomata e ex-eurodeputada socialista, que não obteve o apoio do seu partido na corrida a Belém, prosseguiu depois as críticas àquele que apelidou de “candidato da direita”, Marcelo Rebelo de Sousa, atual chefe de Estado.

“E, por vezes, há não só oposição como, inclusivamente, costas voltadas e até tapete retirado, sobretudo da parte do Presidente da República em relação ao Governo”.

A diplomata e ex-eurodeputada do PS anunciou ainda nesta quarta-feira que o orçamento da sua campanha ao Palácio de Belém ronda os 50 mil euros, sublinhando haver um limite de até 100 euros por contribuinte individual.

“Apresentámos um orçamento baixo, mas realista. Somos a única campanha – de que eu tenha conhecimento – que, ao contrário do previsto na lei – que permite contribuições individuais até 26 mil euros -, a minha tem um limite de até 100 euros por pessoa”.

Segundo a antiga dirigente socialista, “tudo será rigorosamente controlado através de uma referência multibanco”. “Apelo aos outros candidatos que façam o mesmo e moralizem o financiamento da campanha”, concluiu, adiantando que não vai ter cartazes de propaganda nas ruas.

Marcelo Rebelo de Sousa revelou também nesta quarta-feira que o orçamento da sua campanha rondará os 25 mil euros, metade do valor apresentado por Ana Gomes.

ZAP // Lusa

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