(e) Manuel de Almeida / Lusa
O Presidente da Repúlica, Marcelo Rebelo de Sousa
A sondagem de dezembro realizada pela Intercampus para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã revela que Marcelo Rebelo de Sousa continua a reforçar vantagem na corrida a Belém, que se vota a 24 de janeiro.
De acordo com a sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã, o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, subiu cerca de dois pontos percentuais face a novembro, fixando-se em 58,4% das intenções de voto – valor ainda distante dos 70% de Mário Soares na reeleição de 1991.
A mesma sondagem revela que, enquanto as candidatas da esquerda descem, todos os candidatos da direita sobem em intenções de voto.
Apesar de se manter em segundo lugar, a ex-eurodeputada socialista Ana Gomes recuou quatro pontos para 12,1% depois da polémica em torno da vacina da gripe que uma amiga trouxe de França.
Já André Ventura, líder do Chega, teve uma subida ligeira, fixando-se nos 10,9%. Ventura, recorde-se, admitiu demitir-se se tiver menos votos do que Ana Gomes nas eleiçõe presidenciais de 2021.
Marisa Matias, eurodeputada e candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda, caiu mais de 4 pontos e regista a maior queda em relação ao mês anterior, ficando pelos 4,5%.
Por fim, o candidato apoiado pelo PCP João Ferreira registou 3,3% e o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal Tiago Mayan Gonçalves 3,2%.
O Jornal de Negócios nota que, como a sondagem foi realizada após várias entrevistas aos candidatos, pode refletir o efeito das últimas declarações oficiais nas intenções de voto dos portugueses.
Ana Gomes e Marisa Matias, por exemplo, comprometeram-se a não dar posse a um governo de direita com apoio parlamentar do Chega. Ana Gomes disse mesmo que, se for eleita, pedirá uma reapreciação à legalidade do Chega.
Já João Ferreira admitiu dar posse a um Governo nessas condições, assegurando que o demitiria apenas se “afrontasse a Constituição”.
