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Vacina de Oxford produz “resposta imune robusta” em maiores de 55 anos

A vacina desenvolvidade pela Universidade de Oxford em colaboração com a farmacêutica AstraZeneca produz “uma resposta imune robusta” em pessoas com mais de 55 anos.

De acordo com o Financial Times, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford produz anticorpos neutralizantes, que bloqueiam partículas estranhas e linfócitos T, um tipo de glóbulo branco que destrói as células infetadas.

Em julho, um ensaio com mais de mil pessoas mostrou que funcionava com pessoas entre 18 e 55 anos.

Os testes da AstraZeneca foram interrompidos no início de setembro após um voluntário participante no estudo desenvolver um problema sério de saúde, o que exigiu a revisão dos processos de segurança.

Na semana passada, morreu um médico de 28 anos, do Rio de Janeiro, que integrava o grupo de voluntários que tomava o placebo.

A AstraZeneca começou a recrutar 30 mil pessoas nos Estados Unidos para o seu maior estudo da vacina, que também está a ser testada em milhares de pessoas no Reino Unido, Brasil ou na África do Sul.

Esta é também a vacina que se espera que chegue a Portugal caso seja eficaz. Em agosto, o Infarmed disse que a primeira remessa de 690 mil vacinas podia chegar já em dezembro. Ao todo, o país esperará 6,9 milhões de vacinas caso esta seja bem sucedida.

Fauci admite vacina nos EUA até ao fim do ano

Em entrevista à BBC, o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, admitiu que, entre novembro e dezembro, será possível saber se existe uma vacina “segura e eficaz”.

“A questão é: uma vez que tenhamos uma ou mais vacinas seguras e eficazes, como é que a podemos fazê-las chegar às pessoas que precisam delas o mais depressa possível. A quantidade de doses que está disponível em dezembro não será certamente suficiente para vacinar toda a gente”, disse o especialista.

Segundo Fauci, a vacinação será feita primeiro junto dos grupos considerados prioritários, como os profissionais da saúde e doentes de risco. A vacinação destas pessoas poderá acontecer no início de 2021, “em janeiro, fevereiro, março”.

Porém, a vacinação de uma “parte substancial da população, para que haja um impacto significativo na dinâmica da pandemia”, poderá só ocorrer em meados do ano que vem.

ZAP //

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