No seu habitual espaço de comentário na SIC, este domingo, Luís Marques Mendes falou do Orçamento de Estado para 2021 (OE2021) a aplicação Stayway Covid e a evolução da pandemia.
Para o antigo líder do PSD, este “não é um orçamento à Sócrates“, uma vez que é “cuidadoso no défice, na dívida, no saldo estrutural, no aumento da despesa”. Para Marques Mendes, este é um sinal de que “Costa não é Sócrates”.
“Um dado positivo: não é um Orçamento à Sócrates, altamente expansionista – gastou o que tinha e o que não tinha. Este Orçamento nesse aspeto é prudente – em matéria de défice, de despesas totais. Tem uma carga social muito forte – é para agradar aos parceiros, mas não deixa de ser positivo”, disse.
Uma das grandes lacunas do Orçamento é que “não tem política económica, não há medidas para fomentar as exportações, a competitividade empresarial”.
O comentador antecipa que “o OE será viabilizado, pelo menos com a abstenção do PCP e do PAN”. “Tudo pode acontecer: a relação entre o BE e o Governo é cada vez mais difícil, no plano político e pessoal”, disse. Ainda assim, a esquerda acabará por viabilizar, uma vez que “votar ao lado da direita um OE socialmente tão avançado é um exercício impopular”.
Em relação à aplicação Stayway Covid, Marques Mendes considera um “absurdo a todos os níveis” a ideia de a lei se tornar obrigatória e diz que “só faz sentido se for de utilização voluntária”.
“Fui sempre um grande defensor da aplicação Stay Away Covid. Mas nunca devia passar de voluntária a obrigatória; felizmente não irá por diante, uma vez que seria um absurdo. Há portugueses que não têm telemóvel. Seria criar portugueses de primeira e de segunda”, explicou.
Marques Mendes disse ainda que “o primeiro-ministro conseguiu o resultado que queria: houve um surto enorme de descarregamentos da app: já chegaram a 2,25 milhões”.
Sobre a evolução da pandemia, Marques Mendes diz que o Presidente e o Governo vão decidir se há ou não estado de emergência.
O comentador político antecipa ainda que o Governo vai anunciar que os idosos vão poder ter mais do que uma visita por semana.