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Governo já contratou 4300 profissionais de saúde para reforçar SNS

José Sena Goulão / Lusa

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas (E), e o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales (D)

Cerca de 4300 profissionais de saúde foram contratados para garantir a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) “às diferentes fases da pandemia”, anunciou, esta sexta-feira, o secretário de Estado da Saúde.

“Temos feito um reforço importante ao nível dos recursos humanos para garantir que o Serviço Nacional de Saúde vai tendo capacidade de resposta às diferentes fases da pandemia”, afirmou António Lacerda Sales na conferência de imprensa regular sobre a covid-19.

Assim, foram contratados no âmbito da resposta à covid-19 cerca de 4300 profissionais de saúde. Destes, mais de 1800 são assistentes operacionais, mais de 1300 são enfermeiros, cerca de 170 médicos, entre outros, como assistentes técnicos e técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.

O governante recordou também a abertura do procedimento para 435 postos de trabalho na especialidade de Medicina Geral e Familiar, observando que “é o maior número de vagas para médicos de família dos últimos tempos”.

Foi também publicado o despacho que fixou os postos de trabalho médico nas zonas geográficas do país e especialidades definidas como carenciadas.

“São 185 vagas, o maior número de sempre para zonas do país que mais delas necessitam como o Algarve, as Beiras, Trás-os-Montes, às quais o Governo atribui um conjunto de incentivos aos profissionais que a elas se candidatam, porque reconhecemos que a força de trabalho é o motor do Serviço Nacional de Saúde e queremos profissionais de saúde motivados”, vincou Lacerda Sales.

O secretário de Estado assinalou ainda que, pela primeira vez, o concurso de mobilidades para vínculos ao SNS abrange as especialidades médicas hospitalares e saúde pública e que “será brevemente lançado”. Segundo o governante, foram também abertas 2400 vagas para a formação no internato geral.

Mais de 1,7 milhões de testes à covid-19

O secretário de Estado disse ainda que Portugal já fez, desde 1 de março, mais de 1,7 milhões de testes diagnósticos à covid-19″.

“Em agosto, a média de testes por dia é superior a 13 mil, o que faz com que sejamos o sexto país da União Europeia com mais testes por milhão de habitantes”, destacou.

Na mesma conferência de imprensa, Purificação Gandra, coordenadora da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, destaca que, durante o período da pandemia, registaram-se 15 óbitos devido à covid-19.

“A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados tem, neste momento, um único doente com covid-19 nas suas 393 unidades”, disse Lacerda Sales, citado pelo jornal online Observador.

Lares são responsabilidade das ARS e autoridades locais

Por sua vez, o subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, disse que quem deve prestar apoio aos lares e fazer a vigilância são as autoridades regionais de saúde (ARS) e as autoridades locais.

Sobre o relatório da Ordem dos Médicos, que mostra que o lar de Reguengos não cumpria as orientações da DGS, o responsável diz que este “é bem vindo e deve ser analisado com cuidado”. Porém, recorda que os lares não são responsabilidade direta da DGS.

Relativamente aos lares, Purificação Gandra declarou que, atualmente, existem 76 instituições com infetados, quando em abril eram 365. Neste momento, há 500 doentes nestas estruturas, sendo que no pico da pandemia eram 2500.

O mais relevante, neste momento, é o do lar de Torres Vedras, que tem 48 utentes infetados, sendo que 17 tiveram de ser internados. 24 funcionários também testaram positivo e estão de quarentena em casa.

Em Portugal, morreram 1746 pessoas das 52.351 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

ZAP // Lusa

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