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Temido prevê que Orçamento da Saúde para 2021 possa ser o mais difícil

António Cotrim / Lusa

A ministra da Saúde, Marta Temido

A ministra da Saúde considerou, esta sexta-feira, que a negociação entre ministros para o OE2021 não será fácil, “antes pelo contrário”.

Numa entrevista à rádio TSF, a ministra da Saúde, Marta Temido, revelou que a preparação do Orçamento para o próximo ano e do programa de recuperação económica, que deverão ser concluídos em outubro, foi iniciada nas últimas horas.

A governante, que nos últimos meses teve de enfrentar a inédita pandemia provocada pelo novo coronavírus, não espera facilidades nas negociações entre ministros por causa da distribuição das verbas orçamentais, “antes pelo contrário”.

Marta Temido considerou, aliás, que a negociação do Orçamento de Estado para 2021 possa ser “o mais difícil”, mas garantiu que vai lutar para reforçar os cuidados de saúde.

Segundo a rádio, a prioridade vai para os cuidados de saúde primários. Os centros de saúde vão ser reforçados, aproveitando as verbas do programa europeu de recuperação económica.

A governante explicou que estas unidades vão ter mais valências, sobretudo na área do diagnóstico e na capacidade de os médicos de família visitarem doentes em lares e outros equipamentos semelhantes.

Outra prioridade, escreve a TSF, será a conclusão da rede de cuidados continuados, com a construção de mais de cinco mil unidades, que serão geridas por privados ou pelo setor social, em serviços contratualizados com o Estado.

Questionada sobre a aquisição da futura vacina contra a covid-19, Temido disse que as negociações a nível europeu para uma compra em bloco já começaram e não estão a revelar-se facilitadas.

As negociações, onde o nosso país está representado pelo Infarmed, são, ainda, pouco claras, pelo que a ministra não arrisca dizer, por exemplo, quanto vai custar a vacina ao Estado português e se esta será incluída no plano nacional de vacinação ou se será gratuita.

Esta semana, uma sondagem da Intercampus mostrou que Marta Temido é, neste momento, a ministra preferida dos portugueses. No entanto, a governante ocupa, em simultâneo, a terceira posição entre os governantes apontados como os piores.

ZAP //

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