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20 milhões. Casos de covid-19 nos EUA podem vir a ser 10 vezes mais do que número oficial

Sebastião Moreira / Lusa

Especialistas norte-americanos estimam que o total de infetados possa atingir os 20 milhões de pessoas, que corresponde a cerca de 6% dos habitantes do país.

Especialistas norte-americanos estimaram, esta quinta-feira, que o total de infetados nos Estados Unidos com o novo coronavírus possa atingir os 20 milhões de pessoas, significando que a vasta maioria da população continua suscetível. As estimativas correspondem a cerca de 10 vezes mais os 2,3 milhões de casos confirmados.

Há muito tempo que responsáveis norte-americanos sabem que milhões de pessoas estão infetadas sem o saber e que muitos casos estão por identificar pelas carências na realização de testes. Vinte milhões de infetados significa que cerca de 6% dos 331 milhões de habitantes nos Estados Unidos foram infetados.

As notícias foram conhecidas numa altura em que o Governo do Presidente Donald Trump pretende desvalorizar as preocupações à escala nacional com a pandemia e quando cerca de uma dúzia de Estados estão a assistir a aumentos preocupantes de casos de infeção.

“É claro que muitos indivíduos nesta nação continuam suscetíveis“, afirmou o diretor do CDC, Robert Redfield, durante uma conferência telefónica com jornalistas na quinta-feira. “A nossa melhor estimativa agora é a de que por cada caso que está registado há mais 10 infetados.”

Antes, dirigentes do CDC e o principal perito dos Estados Unidos em infecciologia, Anthony Fauci, tinham dito que 25% das pessoas infetadas poderiam não ter sintomas. “Há uma grande quantidade de pessoas que continuam vulneráveis”, disse o vice-reitor da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, Joshua Sharfstein.

As novas estimativas são baseadas nos estudos do CDC a amostras de sangue colhidas à escala nacional, algumas pela CDC, outras de doações e mais fontes.

Muitas infeções não foram detetadas em testes iniciais, quando as amostras eram limitadas e os dirigentes federais davam a prioridade nos testes a quem apresentava sintomas.

ZAP // Lusa

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