Grécia suspende voos com o Qatar após chegada de 12 passageiros infetados

A Grécia anunciou, esta terça-feira, a suspensão dos voos de e para o Qatar até 15 de junho, depois de ter detetado vários casos de coronavírus numa ligação de Doha para Atenas.

Pelo menos 12 dos 91 passageiros que viajavam a bordo de um avião da Qatar Airways, que aterrou segunda-feira na capital grega, testaram positivo à covid-19, referiu fonte da proteção civil grega, tendo sido todos enviados para um período de quarentena num hotel.

Os 12 infetados permanecerão no hotel em Atenas durante duas semanas, enquanto os restantes passageiros, que não acusaram o vírus, ficarão sete dias, tendo depois de efetuar novos testes.

Segundo a proteção civil grega, entre os passageiros contagiados estão nove paquistaneses com autorização de residência na Grécia, dois gregos provenientes da Austrália e um japonês, que integra uma família greco-nipónica.

Esta terça-feira, a Grécia anunciou que o número de novos casos de covid-19, precisamente 19, voltou a entrar na casa dos dois dígitos, após uma tendência de baixa há alguns dias, incluindo, porém, os 12 infetados vindos de Doha.

Até hoje, a Grécia registou 2937 casos de contágio e 179 óbitos, não havendo, nas últimas 24 horas, quaisquer mortes de pacientes. O Governo, liderado pelo conservador Kyriakos Mitsotakis, afirmou estar “orgulhoso” pela gestão da pandemia no país, que registou uma taxa de contágios muito inferior à de outros países europeus, indicando que a Grécia está preparada para receber turistas.

Após um fim gradual do confinamento, o início da época turística na Grécia começa oficialmente a 15 deste mês, com a reabertura de hotéis e dos voos internacionais provenientes das regiões menos afetadas pela pandemia.

O país anunciou, na sexta-feira passada, a reabertura dos aeroportos de Atenas e de Tessalónica aos turistas de 29 países, 15 deles a partir de Estados da União Europeia (UE). Portugal ficou de fora desta lista.

Albânia, Austrália, Áustria, Macedónia do Norte, Bulgária, Alemanha, Dinamarca, Suíça, Estónia, Japão, Israel, China, Croácia, Chipre, Letónia, Líbano, Nova Zelândia, Lituânia, Malta, Montenegro, Noruega, Coreia do Sul, Hungria, Roménia, Sérvia, Eslováquia, Eslovénia, República Checa e Finlândia são as nacionalidades com permissão para voltar.

A lista será revista e ampliada a 1 de julho, tendo em conta a evolução da pandemia de covid-19 noutros países, bem como os testes que a Grécia vai fazer aleatoriamente entre turistas.

Perante esta decisão, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi Di Maio, anunciou que Itália vai manter as fronteiras fechadas aos países que impõem restrições de entrada a cidadãos italianos, devido ao princípio da reciprocidade.

Em 2019, a Grécia, com uma população de cerca de 10,7 milhões de habitantes, recebeu 34 milhões de visitantes — 24,2 milhões deles viajaram para o país entre abril e setembro —, o que permitiu um encaixe de receitas de cerca de 19 mil milhões de euros.

O turismo, que representa entre 25% e 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, é a base da economia helénica.

ZAP // Lusa

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