A TAP anunciou que poderá perder até 1.700 trabalhadores e mais de 30 aviões, reduzindo a sua frota em 25%. O redimensionamento pode passar pela não renovação dos contratos a termo e pela negociação de formas antecipadas.
Segundo noticiou esta segunda-feira a Rádio Renascença, os primeiros números do provável redimensionamento da TAP estão a ser avançados em círculos restritos de trabalhadores, embora não tenha sido confirmado oficialmente pela empresa, que, contactada, não quis comentar.
Contudo, à Renascença, uma fonte próxima da empresa indicou que a União Europeia (UE) não deixará de impor contrapartidas à injeção de capitais públicos, sendo inevitável a redução da frota e do número de trabalhadores. Essa redução já terá começado com a não renovação dos contratos a termo.
O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Henrique Martins, disse tratar-se de “contratos que não vêm sendo renovados, conforme a primeira renovação”, admitindo que “no final das contas se possa chegar aos 1.100 trabalhadores”. Já o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil não quis prestar declarações sobre o tema.
A política de retenção de custos inclui também reformas antecipadas, que poderão ser negociadas com cerca de duas centenas de trabalhadores.
Paulo Manso, do Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA) confirmou à Renascença que “se tem ouvido falar na dispensa de trabalhadores” e que esta deverá ser feita “sem afetar as pessoas que estão no quadro”, indicando que o número de 1.700 saídas da empresa circula internamente, “mas sem qualquer confirmação oficial”.
De acordo com a Renascença, desde 30 de março que o SNPVAC espera para ser ouvido pela administração da TAP. “Não temos qualquer tipo de informação quanto ao futuro. Gostávamos de ter, mas não temos e o que vamos sabendo é através da comunicação social e pouco mais”, disse Henrique Martins, destacando o peso que os descontos feitos pelos trabalhadores da empresa têm na Segurança Social de Lisboa e Vale do Tejo.
Paulo Manso, por sua vez, garantiu que o SITEMA “não tem dogmas” relativamente à entrada de capitais na TAP, sublinhando que será indesejável ver a companhia aérea portuguesa “outra vez dirigida por pessoas que nada percebiam do negócio, que única e exclusivamente faziam ali um prolongamento da sua carreira por interesses políticos ou outros, que não os interesses da companhia”.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação declarou na terça-feira no parlamento que nenhum cenário deve ser excluído, “inclusivamente o da própria insolvência da empresa”. Pedro Nuno Santos frisou ainda que “para a fase de investimento se concretizar, a presença do Estado na empresa é fundamental”.
CDS pede “sentido de Estado” a Pedro Nuno Santos
O líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, recomendou esta quarta-feira a Pedro Nuno Santos o que não desconfie da iniciativa privada no processo de gestão da TAP, pedindo-lhe “sentido de Estado”, avançou a agência Lusa.
“Recomenda-se ao ministro das infraestruturas que não olhe para os empresários como inimigos, que não desconfie da iniciativa privada porque nas funções que ocupa cabe usar de sentido de estado, que é uma coisa que infelizmente o ministro Pedro Nuno Santos se tem esquecido, sobre tudo no tratamento político e na relação com a oposição”, considerou Francisco Rodrigues dos Santos no fim de uma visita à empresa Apametal, na freguesia de Rio de Mouro, em Sintra.
Na terça-feira, Pedro Nuno Santos disse no parlamento que o Estado vai partir para uma negociação com a TAP e que não se pode excluir qualquer cenário para a companhia aérea, inclusivamente a insolvência.
Francisco Rodrigues dos Santos confessou que tem “alguma dificuldade em atribuir credibilidade” às afirmações do ministro das Infraestruturas e Habitação a propósito da TAP, considerando evidente que o Estado terá que chegar a um compromisso com a administração da companhia aérea.
“Haja diálogo estruturado, biunívoco e salubre entre a administração da TAP e o Estado, sendo certo que como bem sabemos a TAP é uma empresa pública e que por essa mesma razão o ministro Pedro Nuno Santos não pode descartar a responsabilidade na gestão dado que também tem assento nesse conselho de administração”, vincou o dirigente.
O CDS recusa qualquer obrigação do Estado em “enterrar dinheiro” público na TAP “de forma desregrada e sem qualquer tipo de critério”, defendendo rigor nos apoios em função das necessidades bem como uma “co-responsabilização” entre o privado e o Estado.
No parlamento, na terça-feira, Pedro Nuno Santos disse que o Estado português iria partir para uma negociação sem “excluir nenhum cenário” inclusivamente “o da própria insolvência da empresa, porque obviamente o Estado não pode estar capturado, algemado numa negociação com privados”.
O governante disse também que é preciso, em primeiro lugar, clarificar com o acionista privado qual é a sua disponibilidade para acompanhar a intervenção pública, questão à qual, segundo o ministro, a TAP ainda não respondeu.
No dia 13 de maio, o secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo, disse que o Governo espera ter uma decisão sobre a injeção de dinheiro na TAP, empresa a que quase parou devido à covid-19, em meados de junho, esperando que haja uma melhor “fundamentação técnica” do pedido de auxílio da companhia aérea ao Estado até ao final do mês.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, defendeu em 12 de maio que uma injeção repartida entre o acionista privado e o Estado seria “a forma mais tranquila de conversar” sobre uma capitalização da TAP.
O primeiro-ministro, António Costa, por seu turno, assegurou no início de maio que só haverá apoio à TAP com “mais controlo e uma relação de poderes adequada”, mas disse que a transportadora aérea continuará a “voar com as cores de Portugal”.
Atualmente, devido à pandemia de covid-19, a TAP tem a sua operação suspensa quase na totalidade e recorreu ao ‘lay-off’ simplificado dos trabalhadores.
Coronavírus / Covid-19
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Vamo-nos debruçar um pouco na TAP…Há uns tempos atras a TAP, bandeira Nacional, tinha um dos melhores desempenhos…e ouviamos nos corredores que até passaria a ter resultados positivos…Bom com a chegada do coronavirus a “coisa” complicou-se e como medida cautelosa…colocram 9000 (nove mil) trabalhadores em Lay-Off. Ok. Mas se olharmos para o lado todos (ou quase todos) os paises nossos vizinhos estão como nós e ou piores…Então se a UE está disposta a ajudar Portugal, porque é que esse Ministrozito da treta vem anunciar que está na mesa a hipotese de insolvencia ??. das duas uma: Ou não sabe nada (sobre gestao…que deve ser o caso…) e ou então têm interesses por detras da insolvencia..Será ??
Ó Tony… não vê que isto é a preparação do processo negocial com o acionista privado. Se o Tony vai para um duelo não vai estar previamente a dizer que vai de espada quando o seu opositor vai de pistola. O ministro disse que levava uma bomba atómica mas todos sabem que ele não vai usá-la. Disse que a leva para a mesa de negociações para condicionar a outra parte.
TAP – PARTE 1 – ROTAS E FROTA
Na minha opinião, pela elevada incerteza na procura/lotação que os aviões vao ter nos próximo 2 ou 3 anos, as companhias que estão em vantagem são aquelas que têm frotas com aviões de maior lotação mas também alguns menores porque com uma boa gestão podem ajustar o tipo de avião a procura invés da solução para mim de uma gestão BASICA E ERRADA de simplesmente começar a abandonar rotas!!! ABANDONAR ROTAS É ABANDONAR PASSAGEIROS E A SUA FIDELIZACAO E SEM PASSAGEIROS NAO HA RECUPERAÇÃO!!! FELIZMENTE a TAP tem os dois tipos de aviões, AIRBUS(maiores) e os EMBRAER(menores) e na minha opinião, com uma boa gestão de frota em função da procura consegue muito mais facilmente rentabilizar os voos. Alias acho que para servir como bom exemplo de gestão e recuperação para companhias europeias maiores, na minha opinião a TAP devia mandar vir rapidamente mais 5 ou 6 Embraers, que poderiam ser parte do contributo financeiro de Neelman uma vez que ele parece que tem vários na AZUL. E para aqueles possam eventualmente pensar apenas “nas suas capelas”, é importante lembrar que qualquer contributo que faça TODO O GRUPO TAP recuperar e fortalecer-se pode criar condições para TODOS se calhar terem melhores condiçoes no pós-crise, certo!?
TAP – PARTE 1 – ROTAS E FROTA
Na minha opinião, pela elevada incerteza na procura/lotação que os aviões vao ter nos próximo 2 ou 3 anos, as companhias que estão em vantagem são aquelas que têm frotas com aviões de maior lotação mas também alguns menores porque com uma boa gestão podem ajustar o tipo de avião a procura invés da solução para mim de uma gestão BASICA E ERRADA de simplesmente começar a abandonar rotas!!! Abandonar rotas é abandonar passageiros/clientes e sem clientes fidelizamos pelas rotas não há futuro…!!! FELIZMENTE a TAP tem os dois tipos de aviões, AIRBUS(maiores) e os EMBRAER(menores) e na minha opinião, com uma boa gestão de frota em função da procura consegue muito mais facilmente rentabilizar os voos. Alias acho que para servir como bom exemplo de gestão e recuperação para companhias europeias maiores, na minha opinião a TAP devia mandar vir rapidamente mais 5 ou 6 Embraers, que poderiam ser parte do contributo financeiro de Neelman uma vez que ele parece que tem vários na AZUL. E para aqueles possam eventualmente pensar apenas “nas suas capelas”, é importante lembrar que qualquer contributo que faça TODO o grupo TAP recuperar e fortalecer-se pode criar condições para TODOS se calhar terem melhores condiçoes no pós-crise, certo!?