Portugal inicia hoje o primeiro “dia útil” da situação de calamidade devido à pandemia de covid-19, com a reabertura condicionada de lojas, cabeleireiros, livrarias e comércio automóvel.
O uso obrigatório de máscara nas lojas até 200 metros quadrados com porta aberta para a rua é uma das condições, enquanto nos cabeleireiros e similares o atendimento é feito por marcação. Nos espaços fechados, a lotação máxima é de cinco pessoas por 100 metros quadrados.
As repartições de finanças e conservatórias também abrem, entre outros serviços públicos, com atendimento por marcação prévia e uso obrigatório de máscara.
Também hoje vão reabrir as bibliotecas e passará a existir a possibilidade de prática de desportos individuais ao ar livre.
As livrarias de rua, independentemente da sua área, podem também abrir ao público, no âmbito do regresso à atividade do comércio local, assim como jardins e espaços exteriores de museus, palácios e monumentos. Passa também a ser possível a presença de familiares em funerais.
O uso de máscaras ou viseiras em transportes públicos e em supermercados é obrigatório desde domingo, uma medida de proteção que se estende também a estabelecimentos de ensino e creches, quando reabrirem, para funcionários docentes e não docentes e alunos maiores de 6 anos.
Neste que é o primeiro dia da retoma da comércio, há já várias pessoas que se viram impedidas de entrar em transportes públicos por falta de máscara. As novas regras de estado de calamidade determinam que o uso de máscara é necessário nos transportes como autocarros, comboios e metros.
Na estação de Sete Rios, em Lisboa, vários passageiros foram barrados por falta de equipamento de proteção individual, escreve o Observador. O mesmo verificou-se na estação do Cais do Sadré. Com polícias de viseiras e luvas de latex a controlar as entradas, pelo menos duas pessoas foram barradas de entrar por não terem máscara.
Embora arquivos e bibliotecas já estejam autorizados a abrir portas esta segunda-feira, não é de esperar que a maioria destes espaços esteja disponível para leituras presenciais. Alexandra Lourenço, presidente da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (APBAD), diz que um “número muito significativo” de bibliotecas continua a funcionar por entrega ao domicílio ou em sistema de take away.
“Os arquivos mantiveram-se muito ativos online, nomeadamente aqueles que nos municípios prestam serviços na área das escrituras e das licenças. Mas também houve bibliotecas por todo o país que fizeram um esforço notável para permanecerem em contacto com as comunidades que servem, e não apenas online, porque vivemos num país em que nem toda a gente tem computador em casa”, disse a presidente do APBAD, citada pelo Público.
Transportes públicos com lotação máxima
Os transportes públicos começam esta segunda-feira a circular com lotação máxima de dois terços da sua capacidade e os utentes têm de usar obrigatoriamente máscaras ou viseiras, devido à pandemia da Covid-19, prevendo-se coimas entre 120 e 350 euros.
No âmbito do plano de desconfinamento e do fim do estado de emergência, os transportes públicos vão repor o horário integral ou reforçar a oferta para responder ao cumprimento da lotação máxima de dois terços da sua capacidade, e a validação de títulos volta a ser obrigatória por parte dos utentes.
“É obrigatório o uso de máscaras ou viseiras na utilização de transportes coletivos de passageiros”, determinou o Governo, referindo que o incumprimento “constitui contraordenação”, punida com coima de valor mínimo de 120 euros e máximo de 350 euros.
A partir desta segunda-feira, a CP – Comboios de Portugal vai repor o horário integral dos comboios Urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra, assim como dos serviços Regionais e Interregionais, o que coincide com a reativação do sistema de controlo de acesso nas estações, obrigando à validação do título de transporte.
Os comboios dos serviços Alfa Pendular e Intercidade mantêm-se com redução de oferta, como acontece desde 14 de abril, informou a empresa, indicando que os comboios Internacionais continuarão suprimidos.
Após 45 dias consecutivos em estado de emergência, desde 19 de março, e face ao abrandamento de novos casos, Portugal encontra-se agora em situação de calamidade, numa altura em que o país contabiliza 1.043 mortes associadas à covid-19 em mais de 25 mil casos confirmados de infeção.
A nível global, a pandemia provocou mais de 245 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas, desde que o novo coronavírus foi detetado em dezembro, na China.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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O governo manda e o povo submisso obedece…… E cá andamos mascarados, isolados e a ter de prestar contas por sairmos de casa. E viva a Liberdade responsável !!!!
Que 2021 possamos recuperar todo os danos causados pela pandemia. Acreditamos em um futuro melhor não só para os cabeleireiros, mas para todos os comércios locais.