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Número de casos confirmados aumenta 0,7%. Não se pode ignorar “uma potencial segunda onda”

José Sena Goulão / Lusa

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales

Portugal regista esta sexta-feira 24.027 casos confirmados de covid-19, mais 163 em comparação com o dia anterior. Esta subida de 0,7% é a mais baixa registada desde 19 de março.

O número de óbitos chega aos 928, mais 25 mortes do que no domingo. Os números foram hoje avançados através do boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde (DGS). O número de óbitos aumentou 2,8% relativamente ao dia de ontem, fixando a taxa de letalidade nos 3,86%.

O aumento de mortes deu-se principalmente em pacientes com idade superior a 80 anos, com 19 mortes registadas de pessoas nesta faixa etária.

O número de pacientes recuperados também voltou a aumentar, subindo de 1.329 para 1.357.

Há ainda 30.703 casos em contacto de vigilância pelas autoridades de saúde, sendo que 5.091 aguardam resultado laboratorial para saberem se estão infetadas com o novo coronavírus.

O boletim epidemiológico indica ainda que há 955 pacientes internados. Segundo o SAPO24, esta é a primeira vez desde o início do mês de abril que este valor desce abaixo dos mil. Destes pacientes, 176 deles estão nos cuidados intensivos.

A região Norte é a que regista o maior número de mortos (536), seguida da região Centro (191), de Lisboa e Vale do Tejo (179), do Algarve (12), dos Açores (9) e do Alentejo, que regista um caso.

Conferência de imprensa COVID-19

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Publicado por Direção-Geral da Saúde em Segunda-feira, 27 de abril de 2020

Na habitual conferência de imprensa, o secretário-geral da Saúde, António Lacerda Sales, disse que o Serviço Nacional de Saúde “está adaptado e a adaptar-se em pista dupla” e garante que não se pode ignorar “uma potencial segunda onda”.

A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, argumenta que a decisão de realizar apenas um teste para confirmar a recuperação de pacientes que estão em casa foi baseada em artigos científicos. “Não tem nada que ver com a disponibilidade de testes”, defende.

“Volto a dizer que quem está em protocolo de fazer os dois testes, poderá continuar a fazê-lo. Vamos acompanhar a evidência para alterar as nossas indicações. Que fique claro que não há nenhuma restrição ao número de testes que temos capacidade de fazer”, disse Graça Freitas.

ZAP //

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