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Miranda Sarmento acusa ministro da Economia de ter faltado à verdade

ppdpsd / Flickr

Rui Rio com Joaquim Miranda Sarmento

Joaquim Miranda Sarmento considera que o ministro da Economia “disse duas coisas que não são verdade” ao comentar as 18 propostas apresentadas pelo PSD esta segunda-feira.

Em entrevista à Rádio Observador, Joaquim Miranda Sarmento, Presidente do Conselho Nacional Estratégico do PSD, disse que o ministro da Economia “disse duas coisas que não são inteiramente verdade”.

Esta segunda-feira, depois de o PSD ter apresentados as suas 18 propostas económicas, Pedro Siza Vieira disse que algumas das medidas propostas pelos sociais-democratas “foram já ultrapassadas”, nomeadamente o lay-off simplificado e a comissão de acompanhamento para acompanhar o fornecimento de bens essenciais.

Esta terça-feira, Miranda Sarmento criticou a posição do governante. “Primeiro disse que a atual regulamentação do lay-off já prevê o que PSD propõe e isso não é verdade”. O PSD propõe que “seja o Estado a pagar diretamente aos trabalhadores”, não aquilo que está previsto e que exige que sejam “primeiro as empresas a adiantar” para depois o Estado pagar.

Outra medida à cerca do lay-off que difere entre PS e PSD é o facto dos segundos preverem que, para se aceder a este estatuto, seja apenas necessário mostrar que houve uma quebra de “30% na faturação de duas semanas”, e não “de pelo menos 40% num mês”.

Miranda explicou ainda que, “há cerca de duas semanas”, um grupo de “30 ou 40 economistas” sugeriu a criação de uma equipa de acompanhamento do fornecimento de bens essenciais. “O ministro diz que isso já existe, mas não. O que existe é algo fora deste âmbito, associado ao ministério da agricultura, que está muito longe desta proposta.”

Uma das 18 medidas apresentadas pelo PSD prende-se com a sugestão de pôr o Estado a pagar todas as dívidas a fornecedores. Esta iniciativa, segundo as contas do economista, injetaria cerca de quatro mil milhões de euros no tecido empresarial português.

Questionado pelo Observador sobre se o Estado teria dinheiro para isso, Miranda Sarmento respondeu que, “neste momento há cerca de dez mil milhões de disponibilidades no Estado – além da capacidade de emissão do IGCP – e o que nós estamos a dizer é que existe total capacidade financeira”.

“Nem conseguimos perceber como é que esta medida que é tão simples, justa e eficaz no aumento da liquidez das empresas, tendo sido proposta há duas semanas, ainda não foi executada”, disse o social-democrata.

ZAP //

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