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35 casos de coronavírus em Portugal. Teste a Marcelo Rebelo de Sousa deu negativo

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António Cotrim / Lusa

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

Já há 35 casos de Covid-19 em Portugal, um no Porto e três em Matosinhos. Esta tarde, o Presidente da República confirmou aos jornalistas que o teste deu negativo.

De acordo com a SIC Notícias, há quatro novos casos de coronavírus em Portugal, elevando para 35 o número de infetados. Trata-se de três casos no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, e mais um caso no Hospital de São João, no Porto.

Este último caso é o de uma mulher, com cerca de 40 anos, que foi infetada depois de ter estado em contacto com um dos internados, adianta o canal televisivo, acrescentando que há ainda quase 300 casos suspeitos que aguardam o resultado do teste de despiste.

Entretanto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, confirmou aos jornalistas que o teste de despiste que realizou esta manhã deu negativo, adianta ainda o mesmo canal televisivo.

“Apesar de continuar sem sintomas viróticos, o Presidente da República continuará a trabalhar em casa até perfazer as duas semanas referidas na nota ontem divulgada”, pode ler-se num comunicado publicado no site da Presidência da República.

No Egito, os 43 portugueses que ficaram retidos, esta manhã, por suspeitas de infeção por coronavírus, já tiveram autorização para sair do navio cruzeiro em que estavam a bordo e continuar a viagem como estava programada.

Ao início da tarde, o Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP) recomendou a suspensão de aulas presenciais nas faculdades de Medicina, hospitais e centros de saúde e encerrar espaços comuns dos estudantes num prazo de “pelo menos duas semanas”.

Adriano Maranhão, o português que esteve infetado com Covid-19 a bordo do navio Diamond Princess, no Japão, chega a Portugal esta terça-feira. O homem, natural da Nazaré, teve alta do hospital japonês onde estava internado depois das novas análises terem dado negativo.

Alemanha regista as duas primeiras mortes

A Alemanha registou as duas primeiras mortes de pessoas infetadas pelo novo coronavírus. Uma mulher de 89 anos morreu em Essen, na Renânia do Norte-Vestfália, o maior dos 16 estados do país, segundo a autarquia local.

A outra morte ocorreu na mesma região, em Heinsberg, uma vila próxima da Holanda, que nos últimos dias se tornou num dos principais focos do surto na Alemanha.

O Governo de Chipre indicou hoje que o país registou os dois primeiros casos de pessoas infetadas, o que significa que todos os Estados-membros da União Europeia estão agora atingidos pelo Covid-19.

463 mortos em Itália, mais 97 nas últimas 24 horas

As mortes em Itália devido à epidemia subiram hoje para 463, um aumento de 97 óbitos relativamente a domingo, referiam os últimos dados divulgados pelo chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli.

Os casos positivos ascendem aos 7985, com 724 pessoas que se curaram, com o total de todos os contágios desde o início da crise a atingir 9172 pessoas. A grande maioria dos casos de contágio e de mortos concentra-se na região da Lombardia.

Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China. A epidemia foi detetada em dezembro do ano passado, na China, e já provocou mais de 3800 mortos. Cerca de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.

TAP cancela mais 2500 voos

A TAP decidiu cancelar mais 2500 voos nos “próximos meses” para fazer face às “quebras nas reservas” devido ao coronavírus, totalizando assim 3500, depois de anunciar mil cancelamentos na semana passada.

“A companhia decidiu reduzir a capacidade para os próximos meses em cerca de 2500 voos adicionais, um ajustamento que se junta ao anunciado na semana passada, de 1000 voos, resultando assim estas medidas numa redução total da oferta de 3500 voos, equivalentes a 7% dos voos programados em março, 11% em abril e 19% em maio”, referiu a transportadora em comunicado.

Segundo a TAP, “estas medidas justificam-se pela quebra nas reservas de viagens para os próximos meses que se tem verificado nos últimos dias”.

Covid-19 cancela reservas em 60% dos hotéis do Algarve

“Neste momento, o que sabemos e já podemos afirmar é que cerca de 60% dos hotéis tiveram cancelamentos diretos para os próximos dois a três meses e que 40% desses cancelamentos pediram reembolsos de dinheiro dos pagamentos já efetuados”, quantificou Elidérico Viegas.

Em declarações à Lusa, o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) disse que estes valores estão a ser alvo de “levantamento em regime de permanência junto dos hotéis” e podem comprometer a atividade para a Páscoa e para a próxima época alta.

Nesse sentido, defendeu a necessidade de adotar medidas para atrair visitantes dos mercados nacional e espanhol, para compensar as perdas resultantes destes cancelamentos, nomeadamente, a “abolição de portagens” na Via do Infante (A22).

“Abolir as portagens na Via do Infante é uma forma de esbater as perdas resultantes dos cancelamentos diretos e potenciar o turismo de Espanha para cá, mas também o próprio mercado interno”, referiu, lembrando que estes mercados podem chegar à região em transportes privados e sem o risco de contágio em voos ou aeroportos, na base dos cancelamentos já registados.

Segundo Elidérico Viegas, “ainda não houve nenhum caso” de contágio nos hotéis algarvios, no entanto, alertou que é necessário que as autoridades de saúde dotem os hotéis e empreendimentos de manuais com os procedimentos que devem adotar caso surja algum caso dentro das unidades de alojamento.

“O único problema que temos aqui é que as entidades oficiais e responsáveis desta área da saúde continuam sem dotar os hotéis e os alojamentos de manuais de procedimentos para saber como agir em casos suspeitos de infetados”, criticou.

Esta informação “ainda não chegou e já devia ter chegado” e o “bom senso aconselhava” a que as entidades oficiais passassem informação e criassem linhas de apoio telefónico para turistas e para hotéis, para saberem “que procedimentos adotar”.

A mesma fonte esclareceu que os “hotéis, embora não estejam obrigados a devolver o dinheiro, reembolsaram os clientes“, realçando que “os eventos que estavam previstos para os próximos tempos foram todos ou cancelados ou transferidos para o final do ano”, ou para depois do verão.

“Mais preocupante para nós, neste momento, é a diminuição das reservas para a época turística, ou seja, estamos numa situação em que as reservas estão a cair a pique, não por causa dos hotéis, mas pelo receio dos viajantes relativamente a contágios nas viagens de avião e aeroportos”, argumentou.

Elidérico Viegas considerou que o surto provocado pelo novo coronavírus está a ter “um processo evolutivo que se altera a todas as horas”, sendo necessário dar “mais força” ao turismo “quer interno, quer espanhol”, devido” à proximidade até da Páscoa e ao receio de que as pessoas não viajem”.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Tanta doença contagiosa que anda por aí à solta no entanto o corona vírus é que merece todo o destaque?! Mais uma vez cheira a negócio e a jogada debaixo da mesa. Acordem pessoal !
    Isto é jogada internacional para desviar atenções políticas para outros assuntos e para alguns facturarem milhares !!

    • Li ainda esta semana quase 4 milhões de pessoas morrem todos os anos com problemas das vias respiratórias e não fazem alarido disso

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