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Itália é o segundo país do mundo com mais casos de Covid-19. Um quarto da população está em quarentena

Fabio Frustaci / EPA

Itália tornou-se neste domingo no segundo país do mundo mais afetado como o novo coronavírus, logo depois da China, onde a epidemia “nasceu”.

Segundo números avançados pelo jornal Público, o número de mortos neste país passou de 233 para 366 nos últimos dias. Quanto ao número de casos confirmados, registou-se uma subida de 57%, passando estes de 5883 para 7375.

Até à meia-noite de segunda-feira (16:00 horas de domingo, em Lisboa), a China continental, que exclui as regiões de Macau e Hong Kong, contabilizava, no total, 80.735 infetados e 3.119 mortos devido ao novo coronavírus.

A China voltou esta segunda-feira a registar uma queda no número de novos casos de infeção, 40, face a 44 no dia anterior, ao mesmo tempo que ocorreram 22 mortes, quase todas na província de Hubei, epicentro da epidemia.

Em todo o mundo, há mais de 100.000 infetados, tendo 60.000 já recuperado.

Lombardia fechada, 16 milhões em quarentena

Tendo em conta o número crescente de casos e mortes, Itália encerrou todos os museus, teatros e cinemas de todo o território, até 3 de abril, para combater a propagação do vírus.

Para além destas medidas, o despacho, agora divulgado no site do Governo, determina o encerramento de pubs, salas de jogos, escolas de dança, discotecas e outros locais semelhantes, em todo o território nacional. Por outro lado, ainda será possível fazer compras durante a semana ou ir a um bar ou restaurante, desde que seja respeitada a distância de segurança de pelo menos um metro entre os clientes.

O decreto também estabelece a suspensão de todos os eventos desportivos, exceto aqueles com atletas profissionais que serão disputados à porta fechada.

Horas antes, para anunciar a assinatura do despacho, o primeiro-ministro italiano confirmou a proibição de entradas e saídas de Lombardia, cuja capital é Milão, e Modena, Parma, Placência, Reggio Emilia, Rimini, Pesaro, Urbino, Veneza, Pádua, Verbano Cus- Osola, Treviso, Vercelli, Novara, Asti e Alexandria.

A medida de quarentena, imposta até 3 de abril, similar à que foi tomada em janeiro na província chinesa em Hubei, pode afetar cerca de 16 milhões de pessoas – um quatro da população italiana – e surge depois de o país ter registado o maior aumento do número de infetados desde o início do surto: 1247 novos casos confirmados nas últimas 24 horas.

“Estamos perante uma emergência”, uma “emergência nacional”, disse o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, dando conta que o decreto tem de ser aplicado rigorosamente para evitar a propagação do vírus.

Alemanha com 1000 casos

A Alemanha ultrapassou os mil casos de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19) ao registar 1.112 pessoas infetadas, um salto de mais de 150 casos em menos de 24 horas, anunciou esta segunda-feira o Instituto Robert Koch.

O foco principal da contaminação continua a ser a região da Renânia do Norte-Vestfália, na fronteira com os Países Baixos e a Bélgica, com quase 500 casos, segundo o instituto de referência que supervisiona na Alemanha as investigações sobre epidemias.

Nesse estado, o mais populoso da Alemanha, vários jogos de futebol poderão ser em breve disputados à porta fechada para impedir a propagação do vírus, como já ocorre em Itália. Este será o caso do próximo ‘derby’ do campeonato nacional da 1.ª divisão entre as equipas do Borussia Mönchengladbach e Colónia, marcado para quarta-feira, anunciou o ministro da Saúde alemão, Karl-Josef Laumann.

“Deixo para os próprios clubes decidir se jogam sem público ou se não jogam de todo”, afirmou o ministro na noite de domingo na televisão pública ARD.

Atualmente, a Alemanha não registou no seu território mortes relacionadas com o novo coronavírus. Mas a situação pode mudar rapidamente, principalmente porque o país tem uma das populações mais envelhecidas da Europa.

ZAP // Lusa

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