Os dois guardas prisionais que estavam encarregues de vigiar Jeffrey Epstein na noite em que este se suicidou foram presos esta terça-feira em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, os dois indivíduos deverão ser acusados formalmente pelo tribunal distrital de Manhattan, por crimes relacionados com a alegada falha de controlar de perto o milionário que foi condenado por pedofilia.
Os dois guardas tinham de o verificar a cada meia hora e falsificaram registos para comprovar que o tinham feito – quando, na verdade, não o tinham feito. Alegadamente, ambos os guardas estariam a dormir quando tudo aconteceu.
Estas são as primeiras acusações a surgir no seguimento da morte de Jeffrey Epstein, aos 66 anos, que, oficialmente, terá cometido suicídio em agosto na sua cela no Metropolitan Correctional Center. Os dois guardas estavam a fazer horas extraordinárias por causa de cortes orçamentais e, depois da morte de Epstein, foram colocados em licença sem vencimento enquanto o FBI investigava o sucedido.
O bilionário de 66 anos foi detido em Nova Jersey, no dia 6 de julho, e a polícia encontrou diversas fotografias de raparigas nuas na sua mansão, em Nova Iorque.
Epstein esteve sob vigilância especial porque, a 23 de julho, foi encontrado no chão da sua cela com hematomas no pescoço. Uma semana antes de ser encontrado morto tinha sido retirado desse sistema de vigilância mais apertado, que normalmente é aplicado a reclusos que demonstrar altos risco de tentarem o suicídio.
O médico legista determinou que a morte de Epstein foi um suicídio, mas há diversas teorias da conspiração que diferem dessa opinião. O relatório do médico diz que o pescoço de Epstein estava partido em vários sítios, incluindo o osso hioide, que fica perto da maçã de Adão. Vários especialistas dizem que essa lesão acontece em casos de enforcamento, mas é mais comum em situações de estrangulamento.
A morte de Epstein impediu que se levasse a cabo um julgamento que envolveria figuras importantes de todo o mundo, facto que motiva ainda mais as suspeições sobre a natureza em que aconteceu. Dois dias antes da sua morte, o magnata assinou um testamento canalizando 577 milhões de dólares (520 milhões de euros) em ativos para um fundo fiduciário.
Jeffrey Epstein já se tinha declarado culpado de abusar sexualmente várias raparigas em Nova Iorque e Florida no início dos anos 2000. O Departamento da Justiça deixou claro que vai prosseguir as investigações e trazer à justiça todos os que estiverem envolvidos nestes casos de abuso sexual de menores. Epstein tinha uma rede poderosa de amigos, entre eles o atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o antigo Presidente Bill Clinton.
Mais outro caso onde a corrupção nesse país é como calhaus no chãol…