A Caixa Geral de Aposentações (CGA) vai voltar a publicar a partir de 1 de setembro a lista de beneficiários de subvenções mensais vitalícias, cuja divulgação se encontra suspensa desde agosto de 2018.
O decreto-lei publicado esta quarta-feira estipula que a lista deve ser divulgada no site da CGA, “em área de acesso público”.
De acordo com o mesmo documento, publicado em Diário da República, a CGA é obrigada a divulgar e manter atualizada uma lista dos beneficiários das subvenções mensais vitalícias em que deve constar informação sobre a data de atribuição da subvenção; valor da mesma; o estado atual do abono, a saber, se o mesmo está “ativo, suspenso ou reduzido no seu montante, parcial ou totalmente, com menção do respetivo fundamento para essas situações”.
As subvenções mensais vitalícias nasceram em 1985 e são rendimentos mensais atribuídos a ex-titulares de cargos políticos – entre outros – que tenham ocupado funções durante oito ou doze anos. O Governo de Sócrates acabou com estas subvenções, mas quem até essa legislatura cumpriu os requisitos ainda as pode solicitar.
Suspensa em agosto de 2018, devido à entrada em vigor do Regulamento Geral de Proteção de Dados, a lista de ex-políticos que foram beneficiados com uma subvenção vitalícia foi divulgada pela primeira vez em agosto de 2016. Dela constavam 332 nomes de ex-políticos, entre antigos primeiros-ministros, ex-deputados, líderes partidários, autarcas e juízes do Tribunal Constitucional reformados.
Da lista conhecida em 2016, constam nomes como o do ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates (2.372 euros); Ângelo Correia, antigo ministro, deputado e dirigente do PSD (2.685,53); João Mota Amaral, ex-deputado do PSD e ex-presidente da Assembleia da República (3.115,72); Carlos Carvalhas, ex-secretário-geral e ex-deputado do PCP (2.819,88); ou a ex-juíza do Tribunal Constitucional e ex-presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves (3.432,78). Os valores apresentados são brutos.
Há casos de ex-detentores de casos públicos que se encontram a receber a subvenção com uma redução parcial: ex-primeiro-ministro socialista António Guterres (4.138,77 com redução pela posição ocupada na altura no ACNUR); Adriano Moreira, ministro do Ultramar durante o Estado Novo e mais tarde deputado do CDS-PP (2.685,53 com redução); ou Armando Vara, ex-ministro do PS, que atualmente se encontra detido em Évora no no âmbito do processo Face Oculta (2.014,15 com redução).
O decreto-lei foi promulgado pelo Presidente da República no final de julho, com Marcelo Rebelo de Sousa a referir que, com o diploma “é finalmente reposta uma situação” para a qual ele próprio “várias vezes chamou a atenção” e cumpre-se “os ditames da transparência democrática”.
No momento da aprovação, o Executivo considerou que “não deve existir um recuo na informação disponibilizada, em prol da transparência e por se tratar de rendimentos auferidos pelo exercício de funções públicas”.
O Orçamento de Estado para 2019 prevê um gasto de 7,17 milhões de euros com as subvenções vitalícias atribuídas a políticos. Este valor desce apenas 90 mil euros, relativamente a 2018.
Muito bem!
Melhor mesmo seria acabar com essa mama vergonhosa já (ou com efeitos rectroativos)!!
Bom Dia Sr. Eu!………. pessoalmente pergunto-me a mim mesmo a verdadeira razão destas mordomias extra. Só esta questão daria muito pano para mangas !… Bem haja ….
E o pior é ver quem recebe essas mordomias… alguns dos piores políticos de sempre de Portugal!…
Um bando de parasitas (vários, mesmo criminosos) dos que mais prejudicaram o país…
E alguns desses bandidos ainda aparecem nas tv’s a “comentar a atuatidade” com uma lata como se nada fosse!…
Tenham sido bons ou maus no desempenho das respetivas funções, É VERGONHOSO, quer pela forma, quer pelo conteúdo (valores das subvenções), em contraste com as pensões de miséria pagas a quem nunca ganhou salários que permitissem amealhar a ponto de, no fim da vida, terem uma existência digna.
Completamente de acordo!