Milhares de trabalhadores de todo o país deverão deslocar-se esta quinta-feira a Lisboa para integrar a manifestação nacional que a CGTP promove em defesa de melhores condições de vida e de trabalho.
Segundo João Torres, dirigente da CGTP responsável pela área da ação reivindicativa da central sindical, são esperados mais de 10.000 trabalhadores vindos de todo o país, em mais de 100 autocarros e em dois comboios provenientes do Porto, a par de dezenas de milhares provenientes da zona de Lisboa e arredores, que se deslocam em transportes públicos ou em transporte próprio.
“Tendo em conta a disponibilidade que tem sido manifestada pelos trabalhadores nos plenários que têm sido feitos nos últimos dias, estamos animados com o êxito da manifestação e achamos que ela pode chamar a atenção do Governo e dos patrões para as nossas reivindicações”, disse o sindicalista à agência Lusa.
A manifestação nacional da Intersindical decorrerá ao início da tarde entre a praça Marquês de Pombal e a praça dos Restauradores, em Lisboa, sob o lema “Avançar nos Direitos; Valorizar os Trabalhadores”.
O combate às desigualdades, à precariedade e à desregulamentação dos horários de trabalho, a dinamização da contratação coletiva e “a revogação das normas gravosas da legislação laboral” são as principais reivindicações da Inter.
A central sindical defende a promoção do progresso social e do desenvolvimento do país como forma de dar resposta aos problemas dos trabalhadores e da população em geral.
Para tal reivindica o aumento geral dos salários de todos os trabalhadores em 4%, garantido um mínimo de 40 euros, a fixação do salário mínimo nos 650 euros em janeiro de 2019, o aumento das pensões de reforma, a defesa e melhoria dos serviços públicos e funções sociais do Estado.
A manifestação nacional da CGTP termina com uma intervenção político-sindical do secretário-geral, Arménio Carlos.
Fenprof junta-se ao protesto
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) junta-se na quinta-feira à manifestação nacional da CGTP, em Lisboa, tendo entregue um pré-aviso de greve para acautelar a participação dos docentes, disse à Lusa o secretário-geral da estrutura sindical.
“O pré-aviso de greve destina-se a acautelar situações de professores que queiram participar na manifestação e que não tenham outra forma de justificar a falta. No caso de delegados sindicais – que têm direito a horas – essa questão não se coloca”, afirmou Mário Nogueira.
De acordo com o secretário-geral da Fenprof, o pré-aviso visa acautelar situações excecionais. “Não se está à espera que as escolas fechem”, disse Mário Nogueira.
O pré-aviso vigora entre as 00:00 e as 24:00 do dia 15 de novembro, para acautelar a participação de professores de todas as zonas do país que queiram deslocar-se a Lisboa. Os docentes vão concentrar-se na praça Marquês de Pombal para defender mais investimento no setor e partilhar as reivindicações da central sindical, como costuma acontecer com a Fenprof.
ZAP // Lusa
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