Os promotores de espetáculos vão vender, esta segunda-feira, bilhetes para mais de 200 espetáculos ao vivo com IVA a 6%, em vez de 13%, para mostrar que “os preços vão baixar” com a redução do imposto.
Esta é a segunda vez que a Associação de Promotores, Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE) lança uma iniciativa deste género, depois de no passado dia 13 de abril ter também protestado desta forma contra a aplicação da taxa de IVA a 13%.
A proposta de Orçamento do Estado para 2019 prevê uma descida do IVA de 13% para 6% em espetáculos de “canto, dança, música, teatro e circo”, desde que tenham lugar em “recintos fixos de espetáculo de natureza artística ou em circos ambulantes”, o que, segundo a APEFE, leva a que um mesmo conteúdo artístico possa ter taxas diferentes de IVA, “dependendo do local onde é apresentado”.
A APEFE, recorda o JN, contesta ainda que a reposição integral da taxa de IVA a 6% tenha efeitos apenas a partir do dia 1 de julho de 2019.
“Entendemos que nenhum espetáculo ou artista é mais ou menos importante e que o público deverá ter os mesmos direitos de poder comprar um bilhete com a taxa de IVA de 6%, independentemente do espetáculo se realizar na Altice Arena, no Jardim de Serralves, no Coliseu, no Jardim de Seteais, no Claustro dos Jerónimos, no Multiusos de Gondomar, no Palácio da Bolsa ou no Castelo de Leiria”, defende a APEFE em comunicado.
A APEFE acrescenta que “não há nem pode haver cultura nem público de primeira ou de segunda” e diz que a medida viola a Constituição negando “o acesso a todos os cidadãos à fruição cultural” e o combate “às assimetrias existentes”, já que os lugares que “não dispõem de salas de espetáculos e utilizam outros recintos para garantirem oferta cultural aos concidadãos e visitantes vão ser discriminados”.
Cá está a agenda de “justiça social” das esquerdas. Por questões ideológicas, favorecem uns e prejudicam outros. Touradas (que pessoalmente não gosto) não beneficiam de descida do IVA (acho que até fica a 23%), por questões ideológicas. Teatros, sempre associados à esquerda política, são beneficiados, enquanto cinemas (do grande capital) não são. É o politicamente correcto. Para a esquerda prevalece o combate ao capital e ao lucro. Pois cautela estimados concidadãos. A esquerda quer-vos pobrezinhos e submissos, umas vítimas a defender em troca de votos. Porque se trabalham no duro ou se desenvencilham, crescem e enriquecem, passam a ser o inimigo, mais umas bestas capitalistas que devem ser taxadas para redistribuir o vosso ganho por todos os outros que são meras vítimas do sistema. É isto a “justiça social”. O conceito de “justiça” não necessita de apêndices. Quando ouvirem “justiça social” desconfiem. E esta discriminação nas actividades culturais é pura, ideológica “justiça social” da esquerda política.