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Centeno contraria Marcelo: “O único orçamento eleitoralista foi o de 2016”

Rodrigo Antunes / Lusa

O ministro das Finanças, Mário Centeno

Na sua primeira entrevista após a entrega do Orçamento de Estado para 2019, Mário Centeno rejeitou que a proposta seja eleitoralista, afirmando que o único orçamento eleitoralista nesta legislatura foi o de 2016.

Ao contrário das afirmações do Presidente da República, que considerou “inevitável” este Orçamento estar contaminado com o clima eleitoral, o Ministro da Finanças defendeu que o “único Orçamento eleitoralista desta legislatura foi o de 2016”, disse em entrevista à TVI.

“Eleitoralista foi o Orçamento de 2016, que permitiu ao país ganhar credibilidade e sair do Procedimento por Défices Excessivos. Todos os outros vêm na sequência deste”, explicando que eleitoralista é “um Orçamento que tem políticas económicas credíveis”.

E foi com esse Orçamento de 2016, sustentou Centeno, “que todos, dentro e fora do país, olhassem para a política orçamental portuguesa com outros olhos”. “Portugal foi quem criou mais emprego na Europa e isso é que ganha eleições, não este Orçamento”, atirou.

Para Mário Centeno, o OE2019 é “muito realista e com um cenário macroeconómico fundado no que se tem observado em termos de avanços na economia portuguesa”,tendo também uma “margem de manobra” que permitirá ao Governo fazer um gestão orçamental em cenários de risco ou desaceleração da economia mundial.

“A economia portuguesa foi a que mais emprego criou e provavelmente a que conseguiu baixar mais a taxa de desemprego comparativamente aos restantes países da zona. Temos uma legislatura de quatro anos sem derrapagem. O défice pode flutuar sem colocar em causa os serviços públicos”.

Questionado sobre o plano B, Centeno foi direto de resposta curta, dizendo apenas: “Estamos focados no plano A”. Ainda sobre o défice, o ministro das Finanças disse ainda que o Governo não está “enamorado” com a meta do défice.

“A meta do défice não é uma coisa cabalística“, afirmou.

ZAP //

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