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Voluntários inundaram por engano gruta onde estão crianças da Tailândia

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Royal Thai Army Handout / EPA

As 12 crianças que ficaram presas numa gruta na Tailândia

Um grupo de voluntários não registados nas equipas de resgate enganou-se e, em vez de retirar água da gruta onde estão as crianças tailandesas, bombeou água para o seu interior, dificultando o processo de resgate.

Continua a luta contra o tempo para resgatar as 12 crianças e jovens de uma equipa de futebol e o seu treinador, de 25 anos, encontrados há três dias, depois de estarem desaparecidos durante mais de uma semana.

Segundo noticia o Bangkok Post, estes voluntários bombearam água novamente para dentro da gruta, fazendo com que esta voltasse a ficar parcialmente inundada.

“Podiam acreditar que a sua técnica era eficaz para drenar a água, mas tudo o que esteja fora do plano tem de ser debatido connosco primeiro”, argumentou o governador da província de Chiang Rai, Narongsak Osotthanakorn.

“Estamos preocupados com a chuva. Estamos a lutar contra a água. A água está a inundar a gruta, embora estejamos a bombear água dos seus canais”.

O jornal local não refere até que ponto este incidente causado pelo grupo de voluntários pôs em causa os trabalhos em curso. As autoridades continuam com os trabalhos e, nesta manhã, o nível da água esta a descer a mais de um centímetro por hora.

O objetivo passa agora por retirar o máximo de água de dentro da gruta, para facilitar o resgate. As equipas de salvamento acreditam que é possível fazer o resgate sem recorrer a equipamento de mergulho.

“O objetivo é reduzir a água na terceira câmara ao ponto em que não seja preciso usar equipamento de mergulho”, afirmou um responsável pelas equipas de resgate ao Guardian.

No entanto, o método de salvamento ainda não está totalmente definido e, por isso, as crianças têm recebido aulas de mergulho, caso seja necessário recorrer a esta forma de resgate.

Caso as autoridades não conseguirem bombear a água até ao início das chuvas fortes, a gruta pode voltar a encher-se de água rapidamente, deixando o grupo sem possibilidade de comunicação e sem forma de receber água e comida durante cerca de quatro meses.

Crianças estão bem de saúde

Na quarta-feira, a Marinha Real Tailandesa divulgou um vídeo onde o grupo de crianças se encontra a sorrir, mostrando estar bem de saúde. Os jovens aparecem com mantas de sobrevivência para os manter aquecidos, sentados no chão da gruta ao lado de mergulhadores.

O grupo apresenta-se um a um, dizendo que estão bem de saúde – “estou saudável” – e um deles chega mesmo a agradecer a todos os que aguardam o resgate do grupo, de acordo com a CNN.

As autoridades procuram ainda tentar montar linhas telefónicas dentro da gruta, de forma a permitir a comunicação entre as crianças e as respetivas famílias. De acordo com a CNN, está é uma “tarefa complicada”, pois um dos cabos ficou danificado quando os mergulhadores o tentavam transportar pelo trajeto sinuoso até à gruta. A equipa tenta agora substitui-lo.

O resgate pode levar cerca de três a quatro meses. As autoridades estão a reunir esforços para perceber qual é a melhor forma de retirar as crianças da gruta onde estão presas, mas avisam que como os níveis da água estão muito altos, ainda é perigoso tentar resgatá-las. Por isso, pode ser necessário esperar que termine a época das monções.

As autoridades tailandesas têm centenas de funcionários no local, com engenheiros a organizarem a colocação de cascalho para proteção da lama, trabalhadores da casa real tailandesa a fornecerem comida quente, e voluntários distribuindo garrafas de água.

ZAP //

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