Assassino de Maëlys é investigado por agressão sexual a outra menor

Jennifer Cleyet Marrel / Facebook

Maëlys de Araújo, menina luso-descendente de 9 anos que está desaparecida

O francês Nordahl Lelandais, acusado dos assassínios da lusodescendente Maëlys de Araújo e de um militar, está a ser investigado também por agressão sexual a uma prima de seis anos em França, divulgaram fontes ligadas ao caso.

O suspeito foi apresentado na terça-feira aos juízes encarregados do caso Maëlys, mas nada de novo saiu deste interrogatório, que também abordou essas novas suspeitas.

Nordahl Lelandais é suspeito de ter abusado dessa prima durante uma visita da família à casa dos seus pais em Domessin, no leste da França, apenas uma semana antes da festa de casamento em que Maëlys desapareceu.

Depois de analisar o seu telemóvel, foram encontrados ficheiros de pornografia infantil, incluindo um vídeo mostrando uma criança, identificada como uma das suas primas, que o suspeito estava a tocar durante o sono da criança.

Contactada pela agência francesa AFP, a advogada dos pais da criança, Caroline Remond, que foi constituída como assistente em meados de junho, não confirmou a informação. Nordahl Lelandais, um ex-treinador de cães do exército de 35 anos, está a ser mantido numa unidade psiquiátrica de uma prisão no leste de França.

O misterioso desaparecimento de Maëlys, de 8 anos, durante uma festa de casamento a 27 de agosto de 2017 abalou a França. O corpo da lusodescendente foi encontrado enterrado em meados de fevereiro, depois de informações dadas por Lelandais.

O francês disse que bateu na cara da criança depois da rapariga ter entrado em pânico após entrar no seu carro, matando-a “acidentalmente”.

A análise aos restos mortais revelou que a menina luso-descendente não foi violada mas morreu na sequência de fortes agressões, tal como já tinha sido comprovado pelo facto de ter a mandíbula partida. Nordahl Lelandais também admitiu ter matado um militar, Arthur Noyer, em abril de 2017.