Há novas acusações contra o ex-produtor de cinema norte-americano, que enfrenta já dezenas de acusações de assédio e abuso sexual.
O antigo produtor de cinema Harvey Weinstein pode ser condenado a prisão perpétua depois de duas novas queixas de “agressão sexual predatória”.
Esta segunda-feira, o procurador do distrito de Manhattan, Cyrus Vance, apresentou uma nova queixa de crime sexual em primeiro grau por, alegadamente, ter encontrado provas de um outro ato de relação sexual forçada, que remonta a 2006. Esta nova queixa comporta uma possível pena de dez anos a prisão perpétua, adianta o Público.
“Esta acusação é resultado da extraordinária coragem das sobreviventes. A nossa investigação continua”, afirmou o procurador em comunicado citado pela Reuters.
Em maio, Weinstein já tinha sido acusado de violação e de outros crimes sexuais. O produtor de Hollywood afirmou que nunca forçou relações sexuais não consentidas e alegou a sua inocência face às acusações, que poderão valer-lhe uma pena de 25 anos de prisão.
Além das acusações pelas quais já estava a responder em tribunal, o produtor norte-americano é acusado de assédio e abuso sexual por parte de mais de 70 mulheres. Weinstein entregou-se à polícia mas saiu em liberdade, após o pagamento de uma fiança no valor de um milhão de euros, sujeitando-se ainda à utilização de pulseira eletrónica.
As primeiras acusações de agressões sexuais e violações contra o produtor de 66 anos surgiram em outubro de 2017, no âmbito do movimento #MeToo, em Hollywood, que levou as suas vítimas a identificarem-se e a divulgarem publicamente os abusos de que tinham sido alvo.