O Boeing 777-200, que desapareceu com 239 pessoas a bordo, teve problemas numa das asas em 2012, mas foi completamente reparado e teve “luz verde” para voar, informou este domingo a Malaysia Airlines.
O incidente de 2012 ocorreu numa leve colisão com uma aeronave que estava na pista do Aeroporto Internacional de Shanghai Pudong, segundo relatos anteriores.
“O avião tinha uma parte da asa cortada. Uma porção, possivelmente de 1 metro, foi arrancada”, disse aos jornalistas o presidente da companhia, Ahmad Jauhari, acrescentando que o problema foi reparado pela Boeing, que garantiu que o avião “estava seguro para voar”.
O Boeing 777-200, que fazia o voo MH370, de Kuala Lumpur a Pequim, desapareceu na sexta-feira. A sua última localização foi registada nas águas entre a Malásia e o Vietname.
No entanto, ainda não foram encontrados destroços, embora as autoridades do Vietname e da Malásia tenham dito que manchas de combustível detectadas no mar estavam perto do local onde foi perdido o contacto com o avião.
Parentes dos passageiros partem esta segunda-feira para Kuala Lumpur, capital malaia, onde serão assistidos pela companhia. De acordo com a Xinhua, agência oficial de notícias da China, cinco parentes de cada um dos passageiros chineses do avião desaparecido poderão seguir num voo especial, disse o porta-voz da Malaysia Airlines, Ong Ming Choy.
Segundo as autoridades malaias, é possível que os pilotos tenham tentado voltar a Kuala Lumpur, uma vez que as informações de radar indicam mudança de rota.
Avião poderá ter-se desintegrado no ar
A investigação preliminar ao desaparecimento do avião das linhas aéreas da Malásia aponta para desintegração no ar. A hipótese foi avançada pela agência Reuters, que cita fonte da investigação, dando seguimento à tese de terrorismo, que está a ser investigada depois de terem sido divulgadas informações sobre dois passageiros que viajariam com passaportes roubados na Tailândia.
Pelo menos dois passaportes – um austríaco e um italiano – estavam registados na base de dados como perdidos ou roubados. O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, afirmou que o sistema de segurança dos aeroportos do país pode ser revisto.
Os dois passaportes roubados foram usados no mesmo dia, na mesma agência, para comprar passagens para o voo MH370, reforçando a ideia de atentado terrorista.
ZAP / Lusa / ABr