José Sócrates está acusado da prática de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada, no âmbito da Operação Marquês.
José Sócrates utilizava dinheiro que estava no nome de Carlos Santos Silva, ex-assessor do Grupo Lena. O antigo primeiro ministro movia “avultadas quantias”, que levantaram suspeitas ao Ministério Público.
Sócrates e o empresário justificaram tratar-se de empréstimos com base numa amizade já muito longa. Porém, ao fim de quatro anos de investigação da Operação Marquês, o Ministério Público concluiu que se tratou de “uma prestação de serviços” de Carlos Santos Silva.
O empresário pediu ao antigo primeiro ministro 10% dos 25 milhões de euros para ocultar as “luvas”. O dinheiro foi investido em prédios, segundo o Jornal de Notícias.
No âmbito da operação Marquês, José Sócrates está acusado de 31 crimes, partilhando a lista com outros 27 acusados, entre empresas e particulares.
Depois da defesa de José Sócrates dizer que aquela é uma acusação “infundada, insensata e insubsistente, a Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal, reagiu dizendo que o Ministério Público não inventa processos.
“Nós não inventamos os processos, os processos surgem porque há participações, porque há documentos, e iniciam-se investigações porque é obrigatório iniciar perante um conjunto determinado de factos. Não andamos à procura, ou a inventar processos, seja em que situação for”, defendeu.
Motorista de Sócrates pensou em fugir com o dinheiro que ajudava a esconder
João Perna, motorista de Sócrates, que também está acusado de branqueamento de capitais, gabou-se numa escuta do Ministério Público, de outubro de 2013, de ter recebido do antigo primeiro ministro dinheiro que dava para viver até “agosto do ano que vem”, divulga o Correio da Manhã.
Ao segurança do edifício Heron Castilho, onde Sócrates tinha casa, Perna disse que ponderava não distribui o dinheiro por quem Sócrates ordenara, como era sua obrigação, já que a origem era tão clandestina e não havia provas da entrega.
Perna tinha a “missão” de distribuir pela família e amigas de Sócrates o dinheiro que lhe era entregue pelo primeiro ministro através de Carlos Santos Silva, além de pagar despesas correntes, como viagens e fazer de correio de envelopes de dinheiro entre Sócrates, Carlos Santos Silva e outros.
“Aquilo é tudo pela porta do cavalo… aquilo não veio de bancos, não veio de nada, aquilo vem do esconderijo”, descrevia a um amigo.
Além disso, João Perna disponibilizava ainda a sua conta na Caixa para servir de intermédio cujo destinatário final seria Sócrates ou esquemas como a compra do seu livro. Entre 2011 e 2014 terão passado pela conta de Perna, de acordo com o MP, 150 mil euros para que essas despesas não pudessem ser diretamente ligadas a Sócrates ou à sua conta pessoal.
Se Carlos Santos Silva morrer, primo de Sócrates fica com 80% de duas contas
A TSF garante que os pagamentos feitos ao primeiro-ministro tiveram um momento decisivo, de mudança, entre 2007 e 2008, quando começou a ser conhecida a investigação ao chamado caso Freeport que também envolvia José Sócrates enquanto ex-ministro do Ambiente.
Até aí, de acordo com a acusação do Ministério Público, todo o dinheiro estaria a ser encaminhado para as contas do primo na Suíça, José Paulo Pinto de Sousa.
Como as notícias do Freeport já envolviam tanto Sócrates como o primo, surge Carlos Santos Silva para cortar “qualquer ligação” entre o então primeiro ministro e o primo.
No entanto, no meio deste processo existiam duas contas em que Carlos Santos Silva era “formalmente o beneficiário último dessas sociedades“, mas, “de acordo com instruções fornecidas por estes arguidos ao banco”, em caso de morte 80% do dinheiro seria herdado por José Paulo Pinto de Sousa, o primo de Sócrates, com apenas 20% a ir para a mulher e filha de Carlos Santos Silva.
A herança anterior, que também podia levantar suspeitas, fez com que as novas contas abertas deixassem de ter o nome, mesmo que indiretamente, do familiar de Sócrates “com o intuito de cortar qualquer ligação” possível que surgisse numa eventual investigação.
e justo, 10% é um valor razoavel para a prestaçao desse serviço… nada contra.
agora o que e preciso saber era a quem socrates dava dinheiro… o motorista tem que confessar….
santos silva provavelmente vai mentir… deve dizer que o dinheiro era para salgado…. mas o tribunal deveria averiguar quem recebeu de socrates esses dinheiros que o motorista distribuia. esse sera o ponto fulcral para sabermos qual a base de apoio desses bandidos cor de rosa.
E os bandidos cor de laranja aonde estão? E tinham altos cargos tb em Bancos no Governo, recebiam altos dividendos distribuidos pelo amigo do BPN. E até há um que foi alguns anos primeiro ministro e não sabia que tinha que descontar para a SSOCIAL.
As finanças ja fixer as contas do imposto da comissão que o Eng Santos Silva ganhou do ex primeiro ministro José Sócrates?
Ou tambem vai haver um perdão fiscal?
Aguardemos!!!!
O que se sabe é que quem vai pagar esta fatura e outras somos nós.
E vamos ver se não saem impunes.
Ainda ha vidros que acreditam nesse bandido? Onde andam eles?
Afinal era não era amigo??? não lhe dava o dinheiro ou emprestava sem juros??? agora já cobra 10%!!!
Já parece a D. Branca…