O furto de armas e munições em Tancos poderá ter sido aproveitado para esconder a falta de outro material de guerra, cujas entradas e saídas deveriam ter sido registadas.
Está sob investigação, no âmbito dos inquéritos que decorrem relativos ao furto de armas em Tancos, a possibilidade de o assalto aos Paióis ter sido utilizado como manobra de “diversão” para esconder a falta de material, avança o Jornal de Notícias.
A ligação entre a falta de registo do armamento e o desaparecimento de material é uma pista que está a ser verificada, com particular destaque para o que diz respeito às averiguações de natureza disciplinar.
A questão tinha já sido avançada pelo militar português na reserva Vasco Lourenço, em análise feita na SIC Notícias, a propósito do furto: “Quem furtou o material ao longo do tempo provoca um assalto para justificar que o material não está lá. Outra, que também acontece muitas vezes: o material é usado em instrução e não é justificado”.
O capitão de Abril disse, na altura, que “tudo neste acontecimento continua a ser muito mal contado”, deixando no ar a ideia de que o assalto poderá ter sido inventado.
“Eu suspeito que isto é encenado”, disse Vasco Lourenço, acrescentando: “Não houve assalto. Continua a falar-se em assalto, mas se tivesse havido um assalto as rondas faziam a diferença. É preciso averiguar bem porque estiveram 20 horas sem fazer ronda, naturalmente para justificar a denúncia da falta de material. Na minha opinião, o material já não estava lá no dia em que foi denunciado”.
O presidente da Associação 25 de Abril avançou ainda com outro cenário: “Outra hipótese, quem quis promover um facto político para juntar à tragédia dos incêndios e fazer um ataque cerrado a este Governo“, alimentando que o furto poderá ter sido manobra da oposição.
Fontes militares referiram que é frequente não ser registada a totalidade do material gasto na instrução, aquando do regresso ao paiol. O que conduz a falhas, sem qualquer justificação, nos registos.
Ainda segundo o Jornal de Notícias, estaria a ser preparado para breve um levantamento do material em depósito, que deveria revelar as várias falhas no registo do paiol, justificando-se assim o ‘timing’ do assalto.
As hipóteses inicialmente especuladas por Vasco Lourenço encontram-se então agora sob investigação.
Talvez aqui haja mão das FP 25 de Abril!.
Será que já alguem se questionou, para que querem os terroristas ou outros granadas ofensivas que apenas fazem uma especie de sopro ? Uma rede profissional sabe ao que vai e nao comete enganos deste tipo.
Incompetência!
Não há controlo das armas existentes nos paióis? Porquê?
Digam que tipo de armas desapareceram e a sua quantidade. Não procurem desvalorizar a situação.
Não foi esta a “tropa” que eu servi no serviço militar obrigatório.
Isto mais parece um bando de malfeitores que umas F Armadas. (Colégio Militar, Submarinos, mortes dos instruendos, Messes da F Aérea). Fora tudo o resto que se desconhece. Enfim…