O Presidente da República encontrou-se esta quarta-feira com o líder histórico cubano em Havana, no primeiro dia da sua visita de Estado ao país.
O encontro histórico com Fidel Castro aconteceu esta quarta-feira, em Havana, à porta fechada e sem jornalistas como já é habitual.
No entanto, o momento ficou registado com uma fotografia, divulgada pelo Granma, órgão oficial do Partido Comunista Cubano, que o classificou de “amistoso encontro”.
O líder histórico cubano, já afastado do poder, recebeu Marcelo Rebelo de Sousa no primeiro dia da sua visita de Estado ao país.
De acordo com o jornal, os dois abordaram vários temas da política internacional, nomeadamente, a relação entre os dois países e a votação na ONU contra o embargo económico.
Marcelo destacou a aprovação de uma resolução das Nações Unidas a favor do levantamento desse embargo, imposto em 1962, que contou pela primeira vez com a abstenção dos Estados Unidos.
Fidel Castro agradeceu o apoio de Portugal e destacou a “firmeza do povo” cubano, disposto a “não esquecer os elevados danos humanos e económicos provocados pelo bloqueio”.
Além deste momento, o chefe de Estado foi também recebido por Raúl Castro, irmão de Fidel e atual Presidente de Cuba, um encontro que, segundo uma nota oficial cubana, decorreu em “ambiente de cordialidade”.
Os dois Presidentes manifestaram a intenção de reforçar as relações económicas, comerciais e de cooperação entre os dois países.
No encontro, esteve presente a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, e o embaixador de Lisboa em Havana, Luís Faro.
A delegação cubana era composta pelos ministros da Economia, Ricardo Cabrisas, e do Comércio Externo, Rodrigo Malmierca.
Marcelo Rebelo de Sousa viajou para Havana na terça-feira em voos comerciais, com escala em Paris.
O chefe de Estado foi convidado por Raúl Castro para visitar Cuba e aproveitou a deslocação à Cimeira Ibero-Americana, que vai decorrer entre sexta-feira e sábado, em Cartagena das Índias, na Colômbia, para responder agora a esse convite.
ZAP / Lusa
Bem, isto de o Marcelo ir a Cuba e não falar com Fidel Castro era como ir a Roma e não ver o Papa…