O Partido Popular espanhol, liderado pelo chefe do governo de gestão, Mariano Rajoy, é o vencedor das eleições em Espanha, anunciou a comissão eleitoral.
O Partido Popular de Mariano Rajoy venceu novamente as eleições legislativas em Espanha, agora com 137 deputados eleitos – um aumento de 14 lugares face aos 123 deputados conseguidos nas eleições de dezembro.
O Partido Socialista, PSOE, ficou em segundo lugar, com 85 lugares no congresso espanhol, enquanto a aliança de esquerda Unidos Podemos elegeu 71 deputados e o partido de centro-direita Ciudadanos conseguiu 32 assentos.
Mariano Rajoy reclamou “o direito de governar” e prometeu estar “à altura das circunstâncias”, afirmando que o objetivo principal é “ser útil a 100% dos espanhóis”.
“Ganhámos as eleições, reclamamos o direito de governar”, declarou Mariano Rajoy, num discurso a partir de um palanque onde se lia em letras garrafais “Gracias” (obrigado).
“Agora o que se trata é de ser 100% útil a todos os espanhóis, os que votaram em nós e os que não votaram. Estamos à disposição de todos”, acrescentou Rajoy.
O líder conservador foi recebido aos gritos de “Presidente, Presidente” (presidente do Governo) e começou o seu discurso com a expressão “Sim, é possível”, mensagem repetida pelos milhares de apoiantes.
Podemos reconhece resultado insatisfatório
O candidato da coligação de esquerda Unidos Podemos à chefia do governo espanhol, Pablo Iglesias, admitiu hoje que os resultados eleitorais não são satisfatórios e não cumprem as expetativas criadas.
Sob os aplausos dos membros da comissão executiva da coligação, Iglesias pediu uma reflexão sobre o aumento do voto no conservador Partido Popular (PP).
O líder da Unidos Podemos reconheceu estar preocupado com o aumento do voto no PP e afirmou que as forças progressistas devem começar a dialogar a partir dos espaços que as unem.
Socialistas culpam Podemos pela vitória do Partido Popular
O líder do PSOE, Pedro Sánchez, admitiu não estar satisfeito com o resultado das eleições legislativas realizadas hoje e responsabilizou o líder do Podemos, Pablo Iglesias, pela vitória do conservador Partido Popular.
“Espero que Iglesias reflita sobre estes resultados. Teve a possibilidade de por fim ao Governo de Mariano Rajoy”, disse Pedro Sánchez à comunicação social, na sede do PSOE em Madrid.
“Mas a intransigência e o interesse pessoal acima do interesse público permitiu melhorar os resultados do PP”, acrescentou Sanchéz.
Impasse, mas menos
Após as eleições de dezembro, que o PP venceu sem maioria, não foi possível formar governo em Espanha. O PP obteve na altura 123 dos 350 lugares do parlamento espanhol.
O PSOE – Partido Socialista Operário Espanhol conseguiu 90, o partido de esquerda radical e anti-austeridade Podemos obteve 69, e o centrista Ciudadanos, 40.
Esta distribuição inviabilizou a formação de uma maioria no parlamento espanhol com apenas 2 partidos, e todas as negociações para envolver 3 partidos numa solução governativa fracassaram.
Nas eleições deste domingo, o PP sobe 14 deputados, o PSOE perde 5, o Podemos ganha 2 e o Ciudadanos perde 8.
Ainda assim, só uma coligação de 2 partidos entre o PP e o PSOE obtém os 176 deputados necessários para uma maioria absoluta.
No entanto, um governo PP-Ciudadanos teria 169 assentos, a apenas 7 da maioria absoluta, podendo negociar o apoio de alguns dos 25 deputados eleitos pelas formações regionais que conseguiram representação no parlamento
AJB, ZAP / Lusa
Mau…
Se depois de tudo, o partido dos corruptos (e do galego rafeiro) ganhou as eleições, a Espanha também está com pouca sorte…
Por cá ainda não se ouviu o PS e o BE a comentar as eleições em Espanha, sempre tão atentos ás mudanças noutros países estão tão caladinhos!