O Presidente da República afirmou hoje, a propósito da revisão em baixa das previsões económicas, que se for preciso fazer ajustamentos ou um orçamento retificativo para cumprir a redução do défice, isso não constitui nenhum drama.
Em declarações aos jornalistas, no final de uma visita à Base N.º 1 da Força Aérea, em Sintra, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, salientou que o rumo assumido por Portugal perante a União Europeia “é conter o défice abaixo de 3%, controlar o défice e garantir o rigor financeiro”.
Marcelo defendeu que “esse rumo impõe que seja feito tudo o que é necessário“.
“Já aconteceu com governos anteriores. Se obriga a ajustamentos, se obriga a retificações, se obriga a orçamentos retificativos, eles aparecem”, disse.
“Não são um drama, como eu já tive ocasião de dizer, são o fruto de uma lucidez“, acrescentou o chefe de Estado.
O Presidente da República – que foi interrompido a meio destas declarações pelo ruído de aviões em manobras aéreas – repetiu esta mensagem de desdramatização, utilizando quatro vezes a expressão “não tem drama” ou “não há drama”.
Questionado se é provável que venha a haver um orçamento retificativo, o presidente de República acha que “se for necessário, faz-se. Faz parte da vida, não tem drama nenhum”.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou, contudo, que os dados da execução orçamental até abril “mostram que está a ser respeitado o que estava previsto e programado” e que “neste momento é prematuro estar a especular sobre aquilo que vai ser necessário fazer”.
“Se as previsões de evolução da economia na Europa e em Portugal apontarem para a necessidade, de junho até dezembro, de haver retificações de percurso, desde que o rumo esteja lá, faz-se as retificações. Não é nenhum drama“, reafirmou.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “é isso que se tem de fazer e que será feito, como já se fez no ano anterior, e no ano anterior, e no anterior – houve essas retificações”.
O presidente da República frisou que o objetivo traçado pelo executivo do PS para a redução do défice “vai ter de ser atingido“.
“Na altura devida se verá como é atingido”, acrescentou.
/Lusa
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