Um total de 36 municípios portugueses apresentam um poder de compra ‘per capita’ acima da média nacional, situando-se os valores mais elevados nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com dados hoje revelados pelo INE, relativos a 2011, Lisboa apresenta o valor mais elevado de todos os 308 municípios nacionais (216,8), mais do dobro do índice nacional (100).
No ‘top’ três dos municípios com mais poder de compra ‘per capita’ seguem-se Oeiras (193,7) e o Porto (161,7).
Segundo o INE, 13 dos 18 municípios que constituem a Área Metropolitana de Lisboa estão acima da média nacional, enquanto na Área Metropolitana do Porto apenas quatro dos 17 que a compõem suplantam a média.
O estudo do INE aponta uma relação entre o grau de urbanização dos municípios e o poder de compra aí manifestado no quotidiano, destacando, além de concelhos das áreas metropolitanas como Cascais (132,0), São João da Madeira (129,9) Matosinhos (124,4), Alcochete (123,5) e Maia (112,3) as capitais de distrito de Faro (133,1), Coimbra (131,7), Aveiro (126,7) e Évora (112,5).
Fora destas áreas destaque para Sines, no Alentejo Litoral – com um índice ‘per capita’ de 137,0, que lhe dá o quarto lugar a nível nacional – Azambuja (114,8) e o Funchal (Madeira), com 113,4.
No campo oposto, o INE assinala que no conjunto dos 308 municípios nacionais, mais de metade (172) apresentam índices de poder de compra ‘per capita’ inferiores a 75 pontos.
De acordo com o documento, os dez municípios com menor poder de compra ‘per capita’ situam-se no interior norte do país e na Região Autónoma da Madeira.
Celorico de Basto (49,83) é o município nacional com menor poder de compra ‘per capita’, seguido de Cinfães (49,87), Ribeira de Pena (50,8) – todos situados na região do Tâmega – e Tabuaço, no Douro, com 50,9.
Vinhais (51,3), Baião (52,63) e Boticas (52,64) completam a lista dos dez municípios com menor poder de compra ‘per capita’, que inclui ainda, na Madeira, os concelhos de Ponta do Sol (52,8), Porto Moniz (52,9) e Câmara de Lobos (53,0).
/Lusa
Isto diz-me muito pouco. Vejo muito mais miséria nesses municipios que apresentam poderes de compra per capita mais elevados do que nos que apresentam poderes de compra per capita mais baixo o que engana. Dois municipios (por exemplo, Viseu e Lisboa tem 2 pessoas cada), Em Lisboa o primeiro individuo tem rendimentos de 1000€ e o segundo de 200€. Em Viseu o primeiro ganha 500€ e o segundo outros 500€. Per capita Lisboa fica a frente, estao a ver onde é que quero chegar?