/

Mais 15 mortos e subida de 1,9% nos novos casos. Cientistas portugueses já sequenciaram 150 genomas do coronavírus

1

José Sena Goulão / Lusa

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales

Portugal regista hoje 1.089 mortos relacionadas com a covid-19, mais 15 do que na terça-feira, e 26.182 infetados, mais 480, segundo o boletim da Direcção Geral da Saúde (DGS).

Em comparação com os dados de terça-feira, em que se registavam 1.074 mortos, constata-se um aumento de óbitos de 1,4%.

Relativamente ao número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus (26.182), os dados da DGS revelam que há mais 480 casos do que na terça-feira (25.702), representando uma subida de 1,9%.

A região Norte é a que regista o maior número de mortos (623), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (226), do Centro (213) Algarve (13), dos Açores (13) e do Alentejo que regista um caso, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados actualizados até às 24:00 de terça-feira, mantendo-se a Região Autónoma da Madeira sem registo de óbitos.

A taxa de letalidade é agora de 4,2%. Mas na faixa etária acima dos 70 anos sobe para os 15%.

Na conferência de imprensa de análise dos dados, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, revelou que desde 1 de Março foram realizados 471 mil testes.

Lacerda Sales também notou que “até ao final da semana prevê-se estarem sequenciados 450 [genomas do] coronavírus“, fruto do trabalho de cientistas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

Até agora, os cientistas do INSA já conseguiram sequenciar 150 genomas do coronavírus, revelou o presidente do Conselho Diretivo do Instituto, Fernando Almeida.

Fernando Almeida esclarece que há sete estirpes do coronavírus, “quatro que dizem respeito ao estado gripal”, duas que se propagaram de forma “muito agressiva” e a que provoca a Covid-19. Esta estirpe já sofreu alterações no seu genoma, devido a mutações. “Há 150 linhagens diferentes da mesma estirpe“, esclarece.

A sequenciação do genoma do vírus possibilita que se tenha uma “impressão digital do vírus”, identificando as mutações sofridas ao longo do tempo.

“Permite-nos perceber, clara e inequivocamente, cadeias de transmissão, onde é que determinado surto emergiu e de onde é que veio”, explica Fernando Almeida.

ZAP // Lusa

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.