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Muçulmana expulsa de comício do republicano Donald Trump

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ajhanson / Flickr

Donald Trump lidera as sondagens para a nomeação republicana a concorrer à Casa Branca

Donald Trump lidera as sondagens para a nomeação republicana a concorrer à Casa Branca

Uma mulher muçulmana foi expulsa de um comício da campanha presidencial de Donald Trump, depois de encenar um protesto silencioso contra o candidato favorito à nomeação republicana, que apelou a uma proibição de muçulmanos entrarem nos Estados Unidos.

As imagens de televisão gravadas no comício, na Carolina do Sul, mostra a mulher, Rose Hamid, uma hospedeira de bordo de 56 anos de idade, a usar um lenço na cabeça e uma blusa verde que dizia “Salam. Eu venho em paz“.

Depois, ficou em silêncio, a olhar para o pódio onde se encontrava Donald Trump.

Mais tarde, foi escoltada pelos apoiantes de Trump  a abandonar o local.

Hamid afirma que um dos militantes do magnata do imobiliário lhe gritou “Ela tem tem uma bomba, ela tem uma bomba”.

Donald Trump, que lidera as sondagens para a nomeação republicana a concorrer à Casa Branca, provocou uma tempestade mundial o mês passado, quando apelou à proibição temporária de entrada de muçulmanos nos Estados Unidos.

O apelo do candidato surgiu na sequência de um ataque na Califórnia por um casal muçulmano radical, que matou 14 pessoas.

É inacreditável o ódio contra nós“, disse Trump à mulher muçulmana, de acordo com a CNN, depois de Rose Hamid e vários outros presentes terem sido expulsos.

Rose Hamid respondeu a Trump afirmando “é o seu ódio, não é o nosso ódio“.

O CAIR – Conselho de Relações Americano-Islâmicas, um proeminente grupo de defesa muçulmano, condenou a expulsão de Rose Hamid e instou Donald Trump a desculpar-se.

“A imagem de uma mulher muçulmana que está a ser abusada e expulsa de um comício político envia uma mensagem assustadora para os muçulmanos americanos”, disse o diretor executivo do CAIR, Nihad Awad, em um comunicado divulgado pelos órgãos de informação norte-americanos.

Os muçulmanos nos Estados Unidos têm enfrentado uma reacção pública na sequência dos atentados terroristas de novembro em Paris e do ataque de San Bernardino, na Califórnia, a 2 de dezembro.

ZAP / ABr

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