Zelenskyy: “Russos estão a destruir tudo”. Rússia: “Estamos a ir devagar para não matar civis”

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Volodymyr Zelenskyy

Fornecer armas aos ucranianos é o “melhor investimento para a estabilidade”, defende o presidente. Guerra na Ucrânia deve ser longa.

Volodymyr Zelenskyy avisou que as forças russas estão a atacar na zona Leste da Ucrânia, com o objectivo de controlar cidades importantes e de “destruir tudo”.

Na sua mensagem habitual diária, nesta terça-feira o presidente da Ucrânia comentou que, nesta altura, fornecer armas ao lado ucraniano é o “melhor investimento do mundo para a estabilidade”, apelou, enquanto lamentava a morte de milhares de compatriotas.

Nas últimas semanas os militares russos estão muito centrados na zona Leste do país vizinho. Zelenskyy assumiu que a situação no Donbas é “extremamente difícil” – acentuada pelo facto de “todas as forças restantes do exército russo” terem sido colocadas na região (milhares de russos já terão ido para Lugansk, nos últimos dias).

Severodonetsk, local importante na luta pela região Donbas, tem sido bombardeada e o Governador de Lugansk tem noção de que o cenário naquela cidade industrial é “muito difícil e infelizmente só está a piorar”.

E, de acordo com o responsável, o bombardeamento foi tão intenso que não foi possível retirar 15 mil civis do local.

Gaisai olha para o avanço russo como uma “ofensiva a larga escala em todas as direcções” e, seguindo o discurso de Zelenskyy, considera que os russos “decidiram destruir completamente” Severodonetsk. “Estão simplesmente a apagar Severodonetsk da face da Terra”, lamentou.

Palavras russas

O ministro da Defesa da Rússia deu a entender que a guerra na Ucrânia vai ser longa. Sergei Shoigu repetiu: “Vamos continuar a operação militar especializada até que os nossos objectivos sejam alcançados”.

Shoigu afirmou que o avanço lento das tropas russas na Ucrânia tem sido “deliberado”, para evitar a morte de civis.

“Não estamos a correr para cumprir prazos”, acrescentou Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia.

Quem quer acelerar o processo – de envio de armas – é o lado ucraniano. Kyrylo Budanov, chefe do Serviço de Inteligência Militar, disse que o atraso no fornecimento de armas deixou as forças ucranianas com escassez de armas, “de forma catastrófica”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

6 Comments

    • Portugal vai doar 250 milhões em equipamento (militar também). E qual é o problema se esses 250 milhões forem destruídos? Desde que sirvam para parar a horda de criminosos e assassinos que constituem o exército russo,são muito bem empregues. Na verdade, são até um investimento. Não vejo qualquer problema, com o devido respeito por quem pensar diferente. Enquanto contribuinte e não votante no partido que sustenta o actual governo, aprovo sem qualquer problema este e outros pacotes que se sigam com este destino e propósito.

  1. Vai doar?… Já devia ter doado.
    É como contribuinte também estou disposto a fazer sacrifícios para parar esta orda de comunistas invasores, assassinos e ladrões.

    • Acho que não vai fazer grande diferença. Os tais 250M, vão ser todos destruidos e gastos peloa russos..Com a miséria que vai em Portugal eram bem precisos para cá.

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