Esta terça-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, mostrou-se convicta de que o Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros fica em condições de avançar até ao final do ano.
Na reunião do Conselho de Estado desta terça-feira, Ursula Von der Leyen mostrou-se confiante de que o acordo dos 750 mil milhões do Fundo de Recuperação, aprovado em Bruxelas em finais de julho, ficará ratificado até ao final do ano.
Segundo o Expresso, alguns conselheiros alertaram para as dificuldades que se avizinham e que ameaçam não não ratificar o acordo nos respetivos Parlamentos, mas a presidente da Comissão Europeu pareceu desvalorizar os avisos.
“Ela não pareceu nada angustiada com isso“, disse um conselheiro ao semanário, adiantando que Von der Leyen “chegou a dizer que na Comissão Europeia são muito criativos, fazendo tudo dentro das regras”.
A Hungria e a Polónia já ameaçaram não aprovar o acordo e Luís Marques Mendes trouxe à tona esta questão, suscitando a questão da difícil ratificação do acordo por mais de 20 Parlamentos. Von der Leyen contornou a pergunta do conselheiro, não dando resposta concreta.
Na sua intervenção final, disse estar convicta de que as condições para que o acordo de julho possa avançar estarão desbloqueadas “até ao fim do ano”. Se tal acontecer, permitirá à Comissão Europeia ir aos mercados buscar a parte do dinheiro acordado para a avultada verba do Fundo de Recuperação.
O comunista Domingos Abrantes estranhou o facto de Von der Leyen não ter dito nada sobre a proliferação dos “fascismos” na Europa, das ameaças à paz ou da crescente e brutal desigualdade nas distribuição de rendimentos. Cavaco Silva fez perguntas sobre os atrasos e o que falta fazer para que se possa avançar na união bancária, enquanto que Francisco Louçã a questionou com perguntas sobre os condicionalismos que a unificação do mercado de trabalho na Europa coloca aos Estados.
O Expresso escreve que, segundo relatos de quem esteve presente no Conselho de Estado, a responsável mostrou-se adepta da teoria segundo a qual à pergunta “como é que se comem elefantes?” a melhor resposta é “às fatias”, explicando que quando está cercada por problemas tenta resolvê-los “um por um”.
Neste momento, não há dúvidas de que a prioridade é desbloquear as verbas para ajudar os Estados afetados pela pandemia de covid-19.
O Palácio de Belém emitiu um comunicado, no final do encontro, a resumir o espírito da reunião, no qual salienta “a mais-valia da União Europeia num contexto mundial e europeu tão complexo, difícil e exigente”.
Destaca ainda “a responsabilidade e a oportunidade de serem utilizados todos os instrumentos e os recursos indispensáveis para uma recuperação sustentável e transformadora, num espaço de Democracia e Direitos Humanos, reforçando a confiança dos cidadãos europeus nas instituições comunitárias através de uma participação ativa em prol da União Europeia”.
tão fôfos, almoço de dois bilderberg…
devem ter falado muito mas nada de bom para os simples dos mortais.
Tragam o elefante que eu vou fazer um elefante no espeto. Está tudo convidado. Mas tragam luvas para não se aleijarem com a pele do bicho.