Israel matou a tiro o “Pelé palestiniano”. UEFA oculta causa da morte e Salah reage

UEFA/X

Suleiman al-Obeid tinha 41 anos.

“Podem dizer-nos como morreu, onde e porquê?”, questionou o avançado. Suleiman al-Obeid marcou mais de 100 golos ao longo da sua carreira, tinha 41 anos e era pai de cinco filhos.

O avançado egípcio do Liverpool, Mohamed Salah, criticou a UEFA este sábado por homenagear o “Pelé palestiniano” Suleiman al-Obeid sem mencionar que foi morto, segundo a federação palestiniana, por tiros israelitas durante uma distribuição de ajuda humanitária em Gaza.

O ex-jogador palestiniano foi morto na quarta-feira “na sequência de disparos da ocupação israelita que visavam pessoas que aguardavam ajuda humanitária no sul da Faixa de Gaza”, anunciou antes a Associação Palestiniana de Futebol no seu portal na Internet.

A UEFA reagiu publicando na rede social X: “Adeus a Suleiman al-Obeid, o ‘Pelé palestiniano’. Um talento que deu esperança a um número incontável de crianças, mesmo nos períodos mais sombrios”.

“Podem dizer-nos como morreu, onde e porquê?”, respondeu o avançado egípcio na mesma plataforma.

Em outubro de 2023, a estrela do futebol egípcio e do Liverpool pediu que a ajuda humanitária fosse autorizada a entrar em Gaza, apelando ao fim dos “massacres” no conflito entre Israel e o Hamas.

Suleiman al-Obeid, que disputou 24 jogos internacionais pela seleção palestiniana e marcou mais de 100 golos ao longo da sua carreira, tinha 41 anos e era pai de cinco filhos, de acordo com a federação palestiniana de futebol.

A sua morte eleva, segundo a mesma fonte, para 321 o número de membros da federação mortos na guerra desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.

Desde maio, já morreram mais de 1300 pessoas em Gaza nas mesmas circunstâncias que al-Obeid: a tiro, à espera de ajuda humanitária.

ZAP // Lusa

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