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“Seriam melhores candidatos do que eu”. Ventura propõe Marques Vidal ou Carlos Alexandre à Presidência

Miguel Figueiredo Lopes / Presidência Da República / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado pela anterior procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal

André Ventura propôs os nomes de Joana Marques Vidal e Carlos Alexandre para o cargo de chefe de Estado. O líder do Chega já tinha equacionado apresentar ele própria a candidatura.

O líder do Chega, André Ventura, acredita que um magistrado desempenharia de uma melhor forma o cargo de chefe de Estado. Como tal, o deputado propõe a ex-procuradora da República, Joana Marques Vidal, ou então o juiz Carlos Alexandre. “Seriam melhores candidatos do que eu próprio”, assumiu.

Para André Ventura, o papel de presidente da República “não é cortar fitas”, mas usar o veto como instrumento para uma “intervenção política máxima”, ao estilo do regime presidencialista que defende.

Ainda na semana passada, o deputado único do Chega, que nunca ponderou apoiar a recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que a alternativa é escolher um “candidato forte” à direita capaz de disputar uma segunda volta com o atual chefe de Estado: ele próprio.

“Reconheço que é uma hipótese, este é o momento de reflexão para perceber se a minha candidatura é mais benéfica para o país e para o partido. E tenho de ponderar também se sou o melhor candidato da direita, porque Marcelo é um candidato do sistema”, disse André Ventura.

“Penso que, com esforço, uma campanha longa e dedicação, um bom candidato do Chega pode ir a uma segunda volta nas presidenciais. Será duro, mas vai ser possível”, acrescentou.

Para além de Joana Marques Vidal e Carlos Alexandre, tinha sugerido o analista político Jaime Nogueira Pinto, mas admite que “seria difícil aceitarem o desafio”.

Ventura respondeu ainda à recente polémica com o antigo porta-voz do partido, Sousa Lara, confirmando que teve de o deixar “entre a espada e a parede” no que toca às subvenções vitalícias.

Sousa Lara tem direito a uma subvenção vitalícia de 1.343 euros por ter sido deputado na Assembleia da República. Contudo, preferiu demitir-se do Chega a prescindir deste direito. “Ninguém me dá tau-tau”, atirou. O desprezo do Chega por estas compensações está na “genética do partido”, garante Ventura, citado pelo Observador.

Em relação à candidatura à presidência da República, Sousa Lara acredita que “um militar na reserva, reformado” seria o melhor perfil para o próximo chefe de Estado.

ZAP //

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