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Ventura condenado por ter chamado “bandidos” a família do bairro da Jamaica

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José Sena Goulão / Lusa

O deputado único do Chega, André Ventura

O líder do Chega foi condenado por ter ofendido a honra e o bom nome de uma família residente no bairro da Jamaica, no Seixal.

Segundo avança o jornal Público, André Ventura terá agora de pedir desculpas públicas à família em questão e publicar a informação relativa à condenação nos mesmos meios de comunicação social onde as declarações foram originalmente difundidas – SIC, SIC Notícias e TVI – e na conta do Chega, na rede social Twitter.

O líder do Chega terá um prazo de 30 dias para o fazer, mas, segundo o mesmo diário, irá recorrer da decisão judicial, o que deverá significar que não terá de cumprir tão cedo estas imposições do tribunal.

Em causa está o processo movido pela família residente no bairro da Jamaica, no Seixal, visada na sua campanha para as eleições Presidenciais. Ventura usou uma fotografia em que estas apareciam junto de Marcelo Rebelo de Sousa para dizer, durante um debate presidencial com o chefe de Estado, que o Presidente preferiu estar com “bandidos” do que visitar os polícias envolvidos num desacato na zona.

“Esta fotografia mostra tudo o que a minha direita não é. Nesta fotografia, o candidato Marcelo Rebelo de Sousa juntou-se com bandidos, um deles é um bandido verdadeiramente”, afirmou, na altura.

De acordo com o matutino, por cada dia em que a obrigação de retratação e de publicação não for cumprida, o tribunal cível de Lisboa aplicará ao deputado uma sanção pecuniária compulsória de 500 euros. Se voltar a ofender a mesma família, Ventura ficará também sujeito a pagar cinco mil euros.

Na sentença, a juíza do tribunal de Lisboa reconhece as “ofensas ao direito à honra e ao direito de imagem” da família, quando Ventura exibiu a sua fotografia num debate televisivo para as presidenciais.

A 10 de maio, quando foi ouvido em tribunal, o líder do Chega respondeu à juíza do Palácio da Justiça que não queria ofender ninguém, mas que, se fosse hoje, faria o mesmo.

“Se eu fico feliz ou se gosto que as minhas palavras ofendessem qualquer das pessoas que estão aqui, não. Se voltaria a fazer o mesmo, faria“, disse.

ZAP //

25 Comments

  1. O juiz é que deveria ser preso. Está a cometer um atentado contra a democracia. Já agora, não há liberdade de expressão. Pela morte do ucraniano, o parvalhão do Cabrita não foi condenado pela Justiça… já o Ventura, teve azar.

    • Então o Cabrita participou na morte do ucraniano?!
      Vais bonito, vais… ainda és pior do que o Ventura (que, neste caso, até tem razão)!…

      • Não, não é!
        Neste caso, chamar bandido é um facto comprovado pela condenação em tribunal de um dos visados e, por isso, o Ventura tem razão.

      • Ora bem…
        Em primeiro lugar, um bandido não são bandidos.
        Em segundo lugar, usando a tua lógica, se o Ventura foi condenado pelo tribunal, então não tem razão.
        Next.

      • Há naquele bairro vários bandidos.
        Um desses bandidos aparece na foto.
        O Ventura nunca disse que todos que aparecem na foto são bandidos.
        O tal bandido foi várias vezes condenado em vários processos que estão fechados.
        O Ventura foi condenado em primeira instância mais vai recorrer; logo este processo não está fechado.
        Na minha opinião Ventura tem razão e o tribunal não!

      • O Ventura é bandido porque é bom a roubar o tino às mentes fracas. Nem dão por ela … E para saber isso, ele não precisa de um tribunal para o provar. Basta olhar para os seus apoiantes.

      • Seu bandido, o Cabrita insultou a esposa do ucraniano e a justiça nem mexeu uma palha. A justiça em Portugal nunca esteve como hoje, completamente politizada.

      • “A justiça em Portugal nunca esteve como hoje, completamente politizada.”
        Uiii… essas conclusões “tiradas” do Facebook nunca dão bom resultado…
        Eu diria exactamente o contrário: a justiça nunca foi tão independente como é hoje!
        Basta ver o numero de processos judicias que envolvem políticos de todos os quadrantes – há 20-30 anos a maioria desses nunca chegaria a tribunal!

      • Não deves estar a comentar um comentário no ZAP. Estás a refererir-te a um qualquer comentário numa qualquer página de facebook, que não é este o caso.

      • E tudo graças ao anterior governo que pela primeira vez na história nomeou uma PGR verdadeiramente independente. Em sentido contrário este governo já tomou conta da PGR, do Tribunal de Contas, do Procurador Europeu… Enfim… depois ainda anunciaram uma lei anticorrupção, que obviamente não se aplica aos cargos políticos (dizem que já eram abrangidos por outra… que nós obviamente sabemos que não funciona), mas melhor que tudo anunciado pela ministra da justiça que a par do processo do procurado europeu ainda tem o escritório do marido a fazer ajustes diretos com o Estado, autarquias…

      • O problema é que junto do grupo, estava o papagaio- mor do reino. Se não estivesse, a justiça não teria atuado, deste modo ridículo, como atuou. Uma forma fascista de obediência ao “chefe”, mesmo sem este o solicitar.

      • Tal pai, tal filho. No fim, são o mesmo a falar um com o outro. Faz sentido ? Pois não. Nem os “Soares”.

        Sabe, eu tenho medo… Tenho medo de viver no meio de idiotas. Que é o que aconteceria se o Ventura alguma vez pudesse cheirar o poder. Já não chega sermos uma República das Bananas e agora iriamos escolher o “macaco-mor” para o poleiro. Eu ? Eu imigrava para ver tudo a arder pela TV, à distância. Aí, é que vias o que era fascismo.

      • O Ventura andou no seminário e por lá aprendeu os truques da igreja para manipular as mentes mais limitadas e, isso está bem patente nas “alminhas” que seguem seita/partido Chega!…
        .
        Relativamente a este caso, dou razão ao Ventura.

  2. Vá lá… só chamou bandidos, o que na maioria é uma verdade. Mas que existem lá pessoas do bem, mas muito mais pessoas do mal e piores que bandidos, é uma verdade que nenhuma afirmação, mesmo que não seja politicamnete correcta, pode pôr em causa ou ser julgado por isso. Mal vai a nossa justiça ( se ela ainda existe…) quendo isto se passa num País sossegado e de gente de bem, conspurcado apenas por alguns bandidos e gente de pouca moral, que infelizmente existem por aí.

  3. Qual é a questão? Disse alguma mentira? Disse apenas aquilo que muitos pensam, mas que não podem dizer por causa da insana mordaça do politicamente correcto.
    Até nem aprecio muito o Sr. Ventura. Mas lá que coloca o dedo na ferida (sem prejuízo dos populismos serem isso mesmo)…
    E uma pergunta que a ninguém ocorreu fazer: uma família do Bairro da Jamaica tem meios para o efeito? Quem patrocinou? Quem pagou as custas? E a família, não se sentiu indignada, e o problema do seu direito à imagem não se colocou quando saiu nos jornais? Estranho…

  4. Está mal!!
    Se lá estava, pelo menos, um bandido condenado, o Ventura tem razão!
    Não que ele seja melhor do que os tais bandidos mas, neste caso, o Ventura esteve bem e espero que o recurso lhe dê razão.

  5. O Ventura referia-se a um membro da família que provocou a PSP, portanto a sentença saiu da boca da juíza que ajuizou por conta própria e certamente consoante a sua visão política, o país é que não pode andar ao gosto de cada juiz, há moral e ética a cumprir que terá de se exigir a todos por igual, não pode haver coitadinhos só porque a cor de pele difere ou de qualquer etnia, proceder desta forma é que é puro racismo!

  6. O mais grave disto tudo é que em Portugal a dita democracia e liberdade esta limitada a visão de uma elite e seus acólitos com cargos em pontos chave da sociedade, e assim condicionam subtilmente a visão politica do povo português. Mesmo que a balança politica esteja completamente inclinada para e esquerda sinonimo de uma democracia desequilibrada, a elite em causa vê no aumento de apoiantes do Chega um perigo para a democracia visto dessa forma poder originar o equilíbrio da balança politica e assim tornar a esquerda radical insignificante.

    • Já vi telenovelas com um argumento bem mais convincente que este. Aliás, para si, isto deve ser uma luta entre o bem e o mal. Com jedis e siths em eterna batalha. Tudo pelo “balance of the force”. Deixe o Yoda e a ficção, desça à Terra e depois falamos. Já não chegam as contradições da abordagem ocidental, com a sua visão dualista da realidade para agora virem proponentes de um hiper-dualismo bacoco baseado em filmes e histórias de encantar. Tanta dicotomia que ainda lhe dá uma psicose …

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