O Governo venezuelano anunciou, esta segunda-feira, a suspensão por 90 dias das operações no país da TAP “por razões de segurança”, após acusações de transporte de explosivos num voo oriundo de Lisboa.
“Devido às graves irregularidades cometidas no voo TP173, e em conformidade com os regulamentos nacionais da aviação civil, as operações da companhia aérea TAP ficam suspensas por 90 dias“, disse o ministro dos Transportes da Venezuela, Hipólito Abreu, na sua conta do Twitter.
Contactada pelo jornal online Observador, fonte oficial da TAP confirmou esta decisão, mas disse não compreender as razões da mesma, reforçando que a companhia “cumpre todos os requisitos legais e de segurança”.
“Trata-se de uma medida gravosa que prejudica os nossos passageiros”, declarou a mesma fonte, acrescentando que não foi sequer dada à companhia “hipótese de exercer o contraditório”.
O governante venezuelano afirmou ainda, segundo o jornal El Nacional, que as autoridades do país vão abrir uma investigação à TAP, estando a ser equacionadas três ações: “uma série de multas”, “possíveis sanções” e, dependendo do resultado desta investigação, uma eventual “suspensão da companhia aérea”.
Na semana passada, o Governo venezuelano acusou a TAP de ter violado “padrões internacionais”, por alegadamente ter permitido o transporte de explosivos e por ter ocultado a identidade do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, num voo para Caracas.
Segundo o Governo venezuelano, Juan Marquez, tio de Guaidó que acompanhava o sobrinho nesse voo, e que acabou detido, transportou “lanternas de bolso táticas” que escondiam “substâncias químicas explosivas no compartimento da bateria”.
Assim, as autoridades venezuelanas consideram que a TAP violou nesse voo normas de segurança internacionais, permitindo explosivos, e também ocultou a identidade do autoproclamado Presidente interino da Venezuela na lista de passageiros, embora a segurança aeroportuária não seja da responsabilidade das companhias transportadoras.
Esta segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, classificou de “manobras de diversão” as acusações das autoridades venezuelanas, apontando que graves foram as agressões a Guaidó quando regressou a Caracas.
O Ministério da Administração Interna já pediu à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) um inquérito para averiguar a veracidade das acusações que envolvem a transportadora aérea portuguesa, dizendo não ter qualquer indício de irregularidades no voo que transportou Marquez e Guaidó.
ZAP // Lusa
Até parece que na Venezuela não existem explosivos, têm que vir de Portugal, um país calmo e que, minimamente, respeita todos os cidadãos. Se fosse eu que mandasse na TAP auto-suspendia os voos para a Venezuela por um ano ou até que esse Maduro pedisse desculpas públicas pela difamação a um país estrangeiro, nomeadamente Portugal.
Grandes maduros…
Andam desorientados… Quem ou qual será a próxima vitima? Venham as eleições livres o mais rápidamente possível…