Pelo menos quatro pessoas morreram em várias explosões de bombas nas últimas 24 horas na Tailândia, na estância turística de Hua Hin e províncias do sul. As autoridades negam que seja terrorismo.
Em Hua Hin houve duas explosões na quinta-feira à noite e outras duas esta sexta-feira de manhã, matando duas pessoas e ferindo mais de vinte, segundo um responsável pela administração local citado pela agência de notícias AFP.
Ainda segundo a AFP, houve mais duas explosões hoje em Phuket, também um destino turístico balnear, e, ainda na quinta-feira, outras duas em Surat Thani e Trang.
Foi em Surat Thani e Trang que morreram mais duas pessoas.
Mais de 35 pessoas ficaram feridas em nove explosões desde quinta-feira, segundo um balanço dos meios de comunicação social locais.
“Isto não é um ataque terrorista. É só uma sabotagem local”, disse um porta-voz da polícia numa conferência de imprensa em Banguecoque.
O chefe da junta militar que governa a Tailândia disse hoje que “as bombas querem semear o caos”, mas as autoridades negam que se trate de terrorismo.
Prayut Chan-O-Cha apelou à calma e disse não saber quem está por trás destes ataques.
O Reino Unido e a Austrália já pediram aos respetivos cidadãos para evitarem frequentar locais públicos na Tailândia.
Os atentados e ataques na Tailândia são habituais no sul do país, devido a um conflito separatista que já matou mais de 6.500 pessoas desde 2004.
A Tailândia é neste momento governada por uma junta militar que tomou o poder em 2014, num golpe de Estado.
No fim de semana, foi aprovada em referendo a proposta de Constituição da junta militar.
ZAP / Lusa