/

Ministra da Justiça admite que vai ser difícil avaliar situações de fraude na vacinação

5

Miguel A. Lopes / Lusa

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem

A Ministra da Justiça afirma que no caso das vacinações covid-19 fraudulentas “não será muito fácil fazer a avaliação do ponto de vista criminal” e admite que “se tenham verificado situações em que faz mais sentido usar a vacina do que desperdiçá-la”.

Em entrevista ao Público, Francisca Van Dunem fala num país pequeno, onde em determinados extratos todos se conhecem e isso pode ter conduzido a episódios de entrega indevida de vacinas.

“O país é relativamente pequeno e em certos estratos toda a gente se conhece e tende-se a conceder vantagens a pessoas relativamente próximas (…) admito que se tenham verificado situações em que faz mais sentido usar a vacina no senhor da pastelaria do que desperdiçá-la”.

A Ministra da Justiça explica que há casos difíceis de avaliar e acrescenta que será preciso clarificar se existia uma alternativa à entrega indevida de vacinas.

“Não será muito fácil fazer a avaliação do ponto de vista criminal, a não ser naqueles contextos em que se nota que podendo haver uma alternativa se beneficiou pessoas em função de relações de proximidade tipo familiar ou outra”.

Van Dunem assume o prazo curto das vacinas como uma possível explicação para os episódios de vacinação indevida, admitindo que nesses casos a investigação pode ser mais lenta.

A governante falou ainda sobre o caso do procurador europeu, dizendo que este foi um debate que “ficou marcado por um grande radicalismo”. Lembrou ainda que a sua licenciatura chegou a ser questionada e admite que a “do ponto de vista da imagem de Portugal, não foi bom”.

Sobre a proposta da Associação Sindical de Juízes em aumentar o número de magistrados judiciais no Tribunal Central de Instrução Criminal, a ministra também admite a necessidade de mais juízes e que é benéfico que Carlos Alexandre e Ivo Rosa deixem de ser uma dupla “que faz com que se pense que, se a decisão for tomada por um dos juízes, vai num sentido e, se for pelo outro, é no sentido oposto”.

Ana Isabel Moura, ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

5 Comments

  1. Conversa.
    Pela data e dados da pessoa que foi vacinada. Chegam logo lá.
    Pelo menos se querem dizer mentiras aos portugueses …que digam mais convincentes

  2. Pois …. não conseguem …. ou não dá jeito. Nessa lista deve lá estar muitos amigalhaços … assim não dá mesmo nada jeito !
    Vergonha para quem a tomou indevidamente …. e vergonha para quem não quer investigar.
    Por isso é que nunca há condenados por corrupção e compadrios neste país.
    Fazem parte dos amigalhaços !!

  3. isso ja nos sabiamos.
    nao dá jeito acusa-los
    é so desculpas para nao responsabilizar os infractores
    os do INEM do porto, porque nao chamaram os bombeiors? se lhes dissem alguma coisa, em poucos minutos eles tavam prontos para receberem a vacina, mas aposto de que o pessoal do inem lamoça no restaurante, nada como serem vacinados
    por mim, pagavam a vacinaq e caso tivessem cargos publicos, era despensados.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.