O Reino Unido já reconheceu que pode ignorar determinadas partes do tratado de divórcio com a União Europeia, violando uma lei internacional.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, admitiu estar “muito preocupada” com a hipótese de o Reino Unido rasgar o acordo alcançado para o Brexit, adianta o Jornal Económico.
No Twitter, a responsável assumiu estar preocupada “com os anúncios do Governo britânico sobre as suas intenções de violar o Acordo de Saída [da União Europeia]”, uma vez que isso “violaria o direito internacional e enfraqueceria a confiança”.
“Pacta sunt servanda = a base de relações futuras prósperas“, acrescentou, citando um princípio base do direito internacional.
Esta quarta-feira, o Reino Unido garantiu que iria ignorar algumas partes do acordo assinado em janeiro. O Governo liderado por Boris Johnson assumiu que o direito internacional seria quebrado “de uma forma muito específica e limitada”.
John Major, antigo primeiro-ministro conservador, deixou o alerta ao Governo britânico de que, “se perdermos a nossa reputação de honrar as promessas, teremos perdido algo além do preço que nunca pode ser recuperado”.