Ucrânia: teatro destruído. Mais de 1.000 pessoas estariam abrigadas nesse refúgio

No mesmo dia, 10 pessoas foram assassinadas, enquanto estavam numa fila para comprar pão. “Outra produção”, alega Rússia

As autoridades da Ucrânia informaram que 10 pessoas foram assassinadas em Chernihiv, enquanto estavam numa fila no exterior de uma mercearia.

Um relatório oficial do gabinete do procurador-geral da Ucrânia indica que, a meio da manhã desta quarta-feira, militares das Forças Armadas da Rússia dispararam contra essas pessoas, que estavam na fila, à espera para comprar pão.

Jornalistas que estão na Ucrânia disseram à BBC que o cenário mais provável é que os tiros tenham sido disparados por militares russos que estavam fora da cidade.

O Ministério da Defesa da Rússia já reagiu a esta notícia e indica que essas informações e as imagens divulgadas são “mais uma produção” do Serviço de Segurança da Ucrânia.

O mesmo ministério repetiu que o Serviço de Segurança da Ucrânia, com o apoio de países do Ocidente, está a preparar uma reacção na qual vai utilizar substâncias tóxicas – para depois culpar a Rússia.

Também foi garantido que, entre as unidades das Forças Armadas da Federação Russa, não há munições químicas. A Rússia destruiu completamente todas armas químicas que tinha, acrescentou o ministério.

Ao longo desta quarta-feira, segundo a mesma fonte, um helicóptero e seis drones ucranianos foram abatidos pelos russos. 34 instalações militares da Ucrânia terão sido destruídas.

Destruído teatro com refugiados

Também neste dia, um teatro em Mariupol terá sido bombardeado pelas tropas russas.

Mais de 1.000 pessoas estariam refugiadas dentro do teatro, no momento do ataque. Por isso, o número de vítimas mortais poderá ser muito elevado.

Dmytro Kuleba, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, classificou este ataque como um “crime de guerra horrendo”.

Petro Andriushchenko, conselheiro do presidente da Câmara de Mariupol, avisou que este era o maior abrigo da cidade.

“Isto é puro terrorismo“, lamentou o chefe da administração regional de Donetsk, que assegurou que estavam mulheres grávidas e mulheres com crianças no teatro.