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Trump reclama “autoridade absoluta” e quer reabrir a economia

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Michael Reynolds / EPA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

O Presidente dos EUA, Donald Trump, quer reabrir a economia, alegando que tem autoridade absoluta para tomar as decisões no país face à pandemia de covid-19.

Esta segunda-feira, pela primeira vez na sua história e face à propagação da pandemia de covid-19, os Estados Unidos declararam o estado de calamidade em todo o território. Agora, Donald Trump reclamou autoridade absoluta no combate ao novo coronavírus. O presidente dos Estados Unidos quer reabrir a atividade económica no país.

“O Presidente dos Estados Unidos é que manda. Se não tivéssemos estado aqui para os estados, teríamos tido um problema neste país como nunca antes viram. Quando alguém é o Presidente dos Estados Unidos, a autoridade é total e é assim que tem de ser. É total. Os governadores sabem isso”, disse Trump, na madrugada desta terça-feira.

Os rumores de que o presidente norte-americano planeava despedir o perito em doenças infecciosas e conselheiro de saúde da Casa Branca, Anthony Fauci, também foram desfeitos.

“Essa discussão nos media é ridícula — o presidente Trump não vai demitir Fauci“, escreveu o porta-voz da Casa Branca, Hogan Gidley, num comunicado partilhado no Twitter. “O Dr. Fauci continua a ser um consultor da confiança do presidente Trump”.

“Foram os democratas e os media que ignoraram o coronavírus quando se concentraram no impeachment”, refere Gidley, citado pela AFP. O porta-voz escreve ainda que Trump tomou uma “ação ousada e decisiva para salvar vidas americanas proibindo voos da China e da Europa”.

Os rumores surgiram após Donald Trump ter partilhado um tweet com a hashtag “#FireFauci”, algo que se pode traduzir por “Despedir o Fauci”.

Os Estados Unidos contaram, em 24 horas, 1.509 mortos devido ao novo coronavírus, um número quase idêntico ao de domingo, indicou a Universidade Johns Hopkins. Assim, o número total de mortes desde o início da pandemia no país subiu para 23.529, sendo os Estados Unidos a nação mais atingida pela doença respiratória covid-19, de acordo com os dados de segunda-feira.

Mais de 550 mil pessoas estão infetadas, referiram os centros de prevenção e de luta contra as doenças (CDC) norte-americanos.

Também na segunda-feira, o estado de Nova Iorque, centro da epidemia nos Estados Unidos, ultrapassou a barreira dos dez mil mortes causadas pela covid-19. O governador do estado, Andrew Cuomo, considerou que “o pior já passou”, salientando que, pela primeira vez numa semana, o número de óbitos diário baixou para níveis inferiores a 700.

Para o diretor dos CDC, Robert Redfield, os Estados Unidos estão a “aproximar-se do pico” da doença.

“Estamos prontos a instalar milhares [de camas] mais caso sejam necessário. Penso que não vamos precisar, porque parece que atingimos um patamar e em vários casos [os números] estão a baixar”, afirmou o Presidente norte-americano, na conferência de imprensa diária sobre a situação da covid-19.

Donald Trump indicou ainda que os Estados Unidos tinham realizado perto de três milhões de testes de despistagem. “Três milhões, mais do que qualquer outro país”, destacou, na segunda-feira.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. Tem toda a razão Senhor Presidente, e uma competência que advém do cargo que “vossa excelência” “superiormente” desempenha, mas o Povo Americano também tem autoridade absoluta para oferecer-lhe um bilhete de ida.

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