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Trump muda de discurso. Próximas duas semanas serão “dolorosas” e podem morrer 100 mil pessoas

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Chris Kleponis / EPA

Esta terça-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou ao país com um discurso mudado, mais pessimista e alarmista.

Com o número de doentes infetados com covid-19 nos Estados Unidos a superar os 187 mil e as 3.850 mortes, Donald Trump pediu aos norte-americanos para se prepararem para duas semanas “muito, muito dolorosas”.

Os Estados Unidos já ultrapassaram a China no número de infetados e ainda não atingiram o pico previsível, que só deverá chegar nas próximas duas semanas.

“Quero que todos os americanos estejam preparados para os dias difíceis que os esperam. Vamos entrar agora num período de duas semanas muito dolorosas”, disse o Presidente.

No final deste período, que, segundo o Observador, Trump associa ao pico da crise, o Presidente espera que o país possa “ver a luz ao fundo do túnel”.

Donald Trump afirmou ainda que a covid-19 é mesmo “pior” do que a gripe sazonal. “Isto não é uma gripe. Isto é cruel”, disse, depois de ter mencionado o facto de ter um amigo em coma a lutar contra a doença.

Segundo o cenário do médico Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, a estimativa é de que venham a morrer 100 mil pessoas por covid-19 nos Estados Unidos.

“Devemos estar preparados para este número. Vai ser assim tão elevado? Espero que não, e espero que quanto mais trabalharmos na fase de mitigação, menores são as hipóteses de o número ser tão alto. Mas para ser realista, temos de estar preparados para essa possibilidade”, disse. “Não aceitamos esse número e vamos fazer tudo para o baixar o mais possível”.

O Presidente norte-americano disse que ainda que os Estados Unidos estão preparados, tendo 10 mil ventiladores “retidos” à espera de ser utilizados. Trump garantiu que está a ser feito tudo o que é possível e que não há falta de testes.

Esta é uma mudança clara de tom, dias depois de Donald Trump ter anunciado que gostaria de ver o país voltar à normalidade, com igrejas “cheias a transbordar”, até 12 de abril, domingo de Páscoa.

ZAP //

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