“Maçãs venenosas”. Tomates causaram pânico quando chegaram à Europa

ZAP // Envato Elements / Pixabay

Quando chegaram pela primeira vez à Europa, os tomates eram olhados com apreensão, sendo associados ao pecado da tentação.

Hoje em dia, o tomate é amado por todos e usado em diferentes culinárias do mundo inteiro. Mas quando os tomates chegaram pela primeira vez à Europa no século XVI, causaram medo e apreensão. Até eram chamados de “maçãs venenosas”.

Os tomates chegaram ao Velho Continente dos Andes da América do Sul, onde existiam como uma pequena planta selvagem.

Na altura, contudo, pareciam-se pouco com os que conhecemos hoje, sendo mais próximos do tomate cereja, de cor amarelada e bem menos doces, recorda o Ancient-Origins.

Os historiadores não sabem ao certo quando é que os tomates chegaram à Europa, mas acreditam que tenham vindo na época do conquistador espanhol Hernán Cortés.

Os tomates foram inicialmente associados à beladona, uma planta tóxica, cujos frutos são muito venenosos. Isto aconteceu em parte devido ao herbalista italiano Pietro Andrae Matthioli, que a rotulou de “maçã dourada” em 1544. Isto gerou associações bíblicas para o tomate como uma fonte perigosa de tentação, que permaneceu por várias décadas.

Só no século XVII é que os europeus começaram a comer tomate, nomeadamente em Espanha. Enquanto isso, em Itália, a fruta continuava intocada, com as pessoas a não saberem ao certo que parte dele comer.

Algo semelhante aconteceu com as batatas, que chegaram mesmo a ser proibidas em França, de 1748 a 1772.

As batatas foram originalmente introduzidas na Europa pelos espanhóis, que as trouxeram do Império Inca. Desconfiados, os franceses tinham receio de novos alimentos e, por isso, usavam-nas fundamentalmente para alimentar porcos.

Os franceses viam a batata como estranha e perigosa porque eram cultivadas debaixo da terra e eram evitadas até mesmo por camponeses esfomeados.

Daniel Costa, ZAP //

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