O Parlamento rejeitou projecto de lei de André Ventura sobre enriquecimento injustificado com os votos contra de todos os partidos, exceto do PAN, que se absteve, e da deputada Cristina Rodrigues.
O projeto de lei de alteração do Código Penal para penalizar o enriquecimento ilícito ou injustificado foi esta quarta-feira chumbado no Parlamento com os votos contra de PS, PSD, Bloco de Esquerda, PCP, PEV, CDS-PP, Iniciativa Liberal e da deputada Joacine Katar Moreira. O PAN e a deputada Cristina Rodrigues abstiveram-se.
A iniciativa legislativa teve apenas o voto favorável do proponente e líder do Chega, André Ventura, que tinha solicitado o seu agendamento esta segunda-feira, na altura em que o Parlamento discutia diversos diplomas na área da Justiça e quatro iniciativas do Governo contra a corrupção.
Segundo o Observador, o projeto de lei do Chega pretendia alterar o Código Penal “definindo o crime de enriquecimento ilícito ou injustificado, clarificando os seus pressupostos objetivos e subjetivos de aplicação, bem como a moldura penal aplicável, distinguindo ainda consoante o agente seja ou não titular de cargo político”.
Na sua intervenção inicial, André Ventura considerou que o enriquecimento ilícito se tornou “numa mancha imensa sobre a sociedade“, dando o exemplo do antigo primeiro-ministro socialista José Sócrates, defendendo que o parlamento hoje tinha “uma oportunidade única” para “finalmente criminalizar enriquecimento ilícito“.
“Esta é uma proposta em muito semelhante ao que de melhor se faz nos países europeus próximos de nós e hoje podemos escolher: ou dar o passo ou voltar a acobardar-nos como sempre”, desafiou André Ventura, qualificando a sua iniciativa como equilibrada.
O presidente do Chega aproveitou ainda para criticar a estratégia do Governo para o combate à corrupção, lamentando que o enriquecimento ilícito fique “fora da equação”, o que “é dar tapete vermelho, via verde e via aberta à corrupção em Portugal”.
Malabarismo parlamentar, truque regimental
No debate que antecedeu a votação da iniciativa do Chega, André Ventura foi acusado pelo deputado José Manuel Pureza, do Bloco de Esquerda, de estar a “fazer um truque”, numa altura em que o tema estava agendado para discussão no parlamento para a próxima sexta-feira.
“O Chega sabia desse agendamento e, em vez de por a sua proposta em disputa com todas a outras, fez um truque, marcando para hoje o que vai ser discutido na sexta-feira”, afirmou José Manuel Pureza, citado pelo CM.
O deputado do BE acusou o Chega de “malabarismo parlamentar, truque regimental, jogo político”, e de ser “do pior que o sistema tem“, apresentando uma proposta com “evidentes e grosseiras inconstitucionalidades”.
“Não trouxe resposta nenhuma”, afirmou por seu turno a deputada Cláudia Santos, do PS, que acusa o projeto de lei do Chega de violar a presunção de inocência e o princípio da legalidade criminal.
ZAP // Lusa
Não se aproveita nem um. Estão todos lá por um único motivo: meter no bolso!!!!!!!
Depois os Geringonças queixam-se que a extrema direita está a subir nas intenções de voto. Preocupem-se com os migrantes, gatos, gays, cãezinhos, subsídios e menos horas de trabalho para a função pública. Deus queira que apoiem o Kosta, pois com a confusão que os Geringonças estão a criar o tipo vai cair de ppodre. Alguém do PCP ou BE criticou a pouca vergonha do tacho que foi atribuído ao Adão?
Só se pensavam que iam dar um tiro no pé!
Votar na corrupção? Não obrigado.
No tempo do estado novo quem nomeava os corruptos era o Salazar actualmente, quem os nomeia é o Zé pagode com o voto democrático.
Incrível não se referir nesta notícia que o PCP propõe isto há já 14 anos e sempre foi rejeitado pelo triunvirato da direita clássica: PS, CDS e PSD. Muito mau que esta página omita este dado e prefira dar colo ao desVentura. Depois admirem-se se a extrema direita tem algum poder e comece a perseguir os jornalistas.
Caro leitor,
Incrível é ter lido a notícia (leu?) e ter achado que a mesma está a dar colo a quem quer que seja.
Neste caso concreto, quem é que está a perseguir jornalistas?
Então e porque o PCP não votou a favor desta medida???
É o Osvaldo.